quinta-feira, 11 de novembro de 2010

AMÁLIA DOMINGOS SÓLER

Amália Domingos Soler (1835-1909), reencarnou na Andaluzia, região da Espanha, que tinha estado sob o domínio árabe quando da invasão moura à Península Ibérica.
Os sacrifícios dela exigidos quando era criança foram muitos. Antes de nascer ficou órfã de pai, depois teve problemas com a visão logo após o parto, recuperando-se após três meses de vida.
Por todas estas dificuldades a sua mãe tornou-se uma amiga inseparável. Ao perdê-la, mudou-se para Madrid e lá passou por enormes dificuldades financeiras. Sua vista ficou mais debilitada por conta dos esforços com o serviço de costureira e com a escrita de suas poesias (escrevera seus primeiros versos aos dezoito anos de idade).
Sua procura por respostas que explicassem seu sofrimento a levou a conhecer o periódico espírita “El Critério”. Iniciava a partir daí a sua missão como divulgadora da Doutrina Espírita.
Em seguida, uma poesia sua foi incluída na publicação espírita “La Revelación”. Logo teve o artigo “La Fé Espiritista” publicado pelo “El Critério”, em 1872.; o trabalho funcionou como sua apresentação aos espíritas de Madrid, que aos poucos a receberam em seus grupos de estudos.
Mudou-se para Barcelona em 1786, a convite de um grupo de espíritas daquela cidade, conhecido como “Círculo La Buena Nueva”. Lá, ela tornou a apresentar problemas com a visão, ficando quase cega, mas recebeu o amparo de seus confrades e permaneceu a divulgar o Espiritismo. Conheceu Miguel Vives y Vives, que recebeu uma mensagem da mãe de Amália. A seguir, conheceu o médium Eudaldo Pagés y Comas, que com ela trabalhou na consecução de sua obra maior “Memórias do Padre Germano”. O padre mencionado era seu orientador espiritual; o livro foi publicado em 1880.
Amália foi chamada para defender o Espiritismo contra os ataques efetuados pelo orador católico Vicente de Manterola, realizados por meio do jornal “Gaceta de Cataluña”.
Em 1789, por insistência de seu amigo e protetor material Luis Llach, presidente do “Círculo la Buena Nueva”, ela dirigiu o primeiro número do periódico espírita “La Luz Del Porvenir”, mas a publicação foi denunciada pelas autoridades eclesiásticas e sua tiragem ficou suspensa por longo período. Neste intervalo ela publicou outro periódico, “El Eco De La Verdad”, que também foi denunciado, mas terminou por não receber punição.
Em 1899, o jornal “La Luz Del Porvenir”, que estava sendo novamente publicado, teve de ser encerrado em virtude de questões financeiras. Tal fato não abalou sua vontade e ela continuou escrevendo e remetendo suas obras para o México, Cuba, Itália, Venezuela e Argentina.
Com o desencarne de seu amigo e protetor Luis Llach, seguido por Eudaldo Pagés y Comas, que a auxiliava em suas obras, ela foi se sentindo esgotada até o seu desencarne em 29 de abril de 1909.
Deixou uma maravilhosa obra de divulgação espírita que até os dias de hoje sensibiliza corações que estão em busca da descoberta espiritual.

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