segunda-feira, 6 de junho de 2011

ABORTO

Pergunta - Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período de
gestação? Resposta - Há crime sempre que transgredis a lei de Deus.
Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a
uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas
provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando. Item n° 358, de
"O Livro dos espíritos".

Falamos naturalmente acerca de relações internacionais, sociais, públicas,
comerciais, clareando as obrigações que elas envolvem; no entanto, muito
freqüentemente marginalizamos as relações sexuais - aquelas em que se fundamentam
quase todas as estruturas da ação comunitária. Esquece-se, habitualmente, de que o
homem e a mulher, via de regra, experimentam instintivo horror à solidão e que, à vista
disso, a comunhão sexual reclama segurança e duração para que se mostre assente nas
garantias necessárias. Impraticável, sem dúvida, impor a continuidade da ligação entre
duas criaturas, a preço de violência; no entanto, à face das contingências e contratempos
pelos quais o carro da união esponsalícia deve passar pelas estradas do mundo, as leis da
vida, muito sabiamente, estabelecem nos filhos os elos da comunhão entre os cônjuges,
atribuindo-lhes a função de fixadores da organização familiar; com a colaboração deles,
os deveres do companheiro e da companheira, no campo da assistência recíproca, se
revelam mais claramente perceptíveis e o lar se alteia por escola de aperfeiçoamento e
de evolução, em marcha para a aquisição de mais amplos valores do espírito, no Mundo
Maior. De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante,
do ponto de vista dos alicerces morais que regem a vida. É pela conjunção sexual entre
o homem e a mulher que a Humanidade se perpetua no Planeta; em virtude disso, entre
pais e filhos residem os mecanismos da sobrevivência humana, quanto à forma física, na
face do orbe. Fácil entender que é assim justamente que nós, os espíritos eternos,
atendendo aos impositivos do progresso, nos revezamos na arena do mundo, ora
envergando a posição de pais, ora desempenhando o papel de filhos, aprendendo,
gradativamente, na carteira do corpo carnal, as lições profundas do amor - do amor que
nos soerguerá, um dia, em definitivo, da Terra para os Céus. Com semelhantes notas,
objetivamos tão-só destacar a expressão calamitosa do aborto criminoso, praticado
exclusivamente pela fuga ao dever. Habitualmente - nunca sempre – somos nós mesmos
quem planifica a formação da família, antes do renascimento terrestre, com o amparo e
a supervisão de instrutores beneméritos, à maneira da casa que levantamos no mundo,
com o apoio de arquitetos e técnicos distintos. Comumente chamamos a nós antigos
companheiros de aventuras infelizes, programando-lhes a volta em nosso convívio, a
prometer-lhes socorro e oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de
elevação e resgate, burilamento e melhoria. Criamos projetos, aventamos sugestões,
articulamos providências e externamos votos respeitáveis, englobando-nos com eles em
salutares compromissos que, se observados, redundarão em bênçãos substanciais para
todo o grupo de corações a que se nos vincula a existência. Se, porém, quando
instalados na Terra, anestesiamos a consciência, expulsando-os de nossa companhia, a
pretexto de resguardar o próprio conforto, não lhes podemos prever as reações negativas
e, então, muitos dos associados de nossos erros de outras épocas, ontem convertidos, no
Plano Espiritual, em amigos potenciais, à custa das nossas promessas de compreensão e
de auxílio, fazem-se hoje - e isso ocorre bastas vezes, em todas as comunidades da Terra
- inimigos recalcados que se nos entranham à vida íntima com tal expressão de
desencanto e azedume que, a rigor, nos infundem mais sofrimento e aflição que se
estivessem conosco em plena experiência física, na condição de filhos-problemas,
impondo-nos trabalho e inquietação. Admitimos seja suficiente breve meditação, em
torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das
moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente,
ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões.

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