sexta-feira, 5 de agosto de 2011

FATOR MORAL

D.Villela
A
FATOR MORAL
o longo da existência de nosso planeta,
atualmente estimada em cerca
de 4,5 bilhões de anos, sua superfície
tem passado por profundas alterações
decorrentes das acomodações de
camadas interiores, o que produziu o rebaixamento
ou a elevação de terrenos com a
consequente alteração de grandes cursos
d’água. O vulcanismo e a queda de grandes
meteoritos participaram também desse
processo. Naturalmente, os fenômenos de
grande porte, observados no passado geológico
(eras glaciais com a duração de milhões
de anos, erguimento de cordilheiras,
deslocamento de continentes) não mais se
verificam, prosseguindo, contudo, a ocorrência
de alterações menores, devidas a
erupções vulcânicas e a ajustes de placas
tectônicas, capazes de provocar tsunamis,
como o que, há alguns anos, se deu no
Oceano Índico, matando mais de 250 mil
pessoas e destruindo centenas de povoados
e pequenas cidades.
Qualquer fenômeno geológico que
atinja a superfície terrestre causa, compreensivelmente,
muitos problemas e é
classificado, sob o nosso ponto de vista,
como um desastre ou um flagelo, atribuídos
na Antiguidade à ira divina.
A Doutrina Espírita veio esclarecer
que tais fatos, à primeira vista inexplicáveis
e considerados como simples resultantes
de um jogo cego de forças, obedecem, na
verdade, a um planejamento superior, que
tem por fim alterar as características de
nosso planeta, tornando-o apto a abrigar
a vida em condições progressivamente
melhores.
Acrescenta ainda o Espiritismo um dado
interessantíssimo a esta questão, que é
a inclusão do fator moral nesse contexto,
agravando ou suavizando tais fatos, como
se observa, por exemplo, na seguinte passagem:
“...Exausto de receber os fluidos venenosos da ignomínia e da iniquidade
de seus habitantes, o próprio planeta protestará
contra a impenitência dos homens,
rasgando as entranhas em dolorosos cataclismos...
As impiedades terrestres formarão
pesadas nuvens de dor que rebentarão,
no instante oportuno, em tempestades
de lágrimas na face escura da Terra”
(“Há dois mil anos...”, de Emmanuel, psicografia
de Chico Xavier, segunda parte,
capítulo 6).
Como vemos, a Providência Divina,
que preside os nossos destinos, conduzindo-
nos para a felicidade, administra também
nossa residência planetária, que um
dia estará totalmente isenta de abalos e
mudanças bruscas, em correspondência
perfeita com a humanidade fraterna e
esclarecida que então a habitará.
“A Gênese” (capítulo 9).

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