segunda-feira, 7 de novembro de 2011

LINGUAGEM

"Linguagem sã e irrepreensível para que o adversário se envergonhe,
não tendo nenhum mal que dizer de nós." Paulo. (TITO, 2 :8.)
Através da linguagem, o homem ajuda-se ou se
desajuda.
Ainda mesmo que o nosso íntimo permaneça nevoado de problemas,
não é aconselhável que a nossa palavra se faça turva ou
desequilibrada para os outros.
Cada qual tem o seu enigma, a sua necessidade e a sua dor e não é
justo aumentar as aflições do vizinho com a carga de nossas
inquietações.
A exteriorização da queixa desencoraja, o verbo da aspereza
vergasta, a observação do maldizente confunde...
Pela nossa manifestação mal conduzi da para com os erros dos
outros, afastamos a verdade de nós.
Pela nossa expressão verbalista menos enobrecida, repetimos a
bênção do amor que nos encheria do contentamento de viver.
Tenhamos a precisa coragem de eliminar, por nós mesmos, os raios
de nossos sentimentos e desejos descontrolados.
A palavra é canal do "eu".
Pela válvula da língua, nossas paixões explodem ou nossas virtudes
se estendem.
Cada vez que arrojamos para fora de nós o vocabulário que nos é
próprio, emitimos forças que destroem ou edificam, que solapam ou
restauram, que ferem ou balsamizam.
Linguagem, a nosso entender, se constitui de três elementos
essenciais: expressão, maneira e voz.
Se não aclaramos a frase, se não apuramos o modo e se não
educamos a voz, de acordo com as situações, somos suscetíveis de
perder as nossas melhores oportunidades de melhoria, entendimento
e elevação.
Paulo de Tarso fornece a receita adequada aos
aprendizes do Evangelho.
Nem linguagem doce demais, nem amarga em excesso. Nem branda
em demasia, afugentando a confiança, nem áspera ou contundente,
quebrando a simpatia, mas sim "linguagem sã e irrepreensível para
que o adversário se envergonhe, não tendo nenhum mal que dizer de
nós".

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