quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Falando de fé


Na pequena assembleia de gestantes assistidas pela instituição, naquela tarde fria de inverno, uma se destacava.
Apresentava a barriga enorme, denunciando que logo mais daria à luz. E, contudo, mostrava sinais de inquietação no rosto.
Terminada a aula breve e fraterna, a atendente, que descobrira os traços de angústia naquela companheira, se aproximou, buscando saber das razões.
Foi então que a gestante lhe falou que nos próximos dias deveria ter o seu bebê e que estava apavorada. Durante todo o período da gestação se preparara para ter um parto normal.
Entretanto, há quinze dias, o médico lhe informara, depois de uma ecografia, que seu bebê estava sentado e que somente poderia nascer através de uma cesariana, marcando até a data.
Ela estava com muito medo. Tinha um terrível medo de cirurgia e, depois, ela desejava o parto normal, para poder atender mais cedo e melhor seus outros filhos menores.
A atendente a abraçou e conversou com ela longamente. Recordou-lhe as lições que já haviam tido, ali  mesmo, naquela instituição.
Lições que falavam da fé e do poder da oração. Que ela tentasse a oração, que falasse com seu bebezinho, pedindo que ele mudasse a posição.
Que falasse com Jesus, o Médico Divino, suplicando auxílio. A gestante olhou meio desconcertada e perguntou: Mas será mesmo que dará resultado?
Vamos orar juntas, desde agora? Convidou a assistente.
Naquele dia, quando se despediu para ir para casa, a gestante acariciou a barriga com carinho especial e sorriu, dizendo:
Eu vou tentar.
Uma semana depois, ela precisou ser levada às pressas para a maternidade. Na madrugada, a bolsa se rompeu e ela entrou em trabalho de parto, antes da hora assinalada pelo médico para a cesariana.
Ela teve medo. E agora? O que iria acontecer?
Chegando ao hospital, atendida de imediato, foi conduzida à sala de parto.
Para surpresa do médico e alívio da mãezinha, o bebê já mostrava a cabecinha despontando, prestes a nascer.
Entre risos e lágrimas de surpresa, gratidão e alívio, a gestante deu à luz a um belo garoto, por parto normal, sem dificuldades.
*   *   *
Nunca desacredites do amparo de Deus. Haja o que houver, permanece confiando.
Se tudo estiver contra ti, se o insucesso te ameaçar com o desespero, ainda aí espera a Divina ajuda.
A lei de Deus é de amor. E o amor tudo pode, tudo faz.
Quando pensares que o socorro não te chegará em tempo, se continuares esperando, descobrirás, alegre, que ele te alcançou minutos antes do desastre.
Ora, confia e não deixes de lutar. Deus vela por ti e guarda a tua vida.

Redação do Momento Espírita, com base em fato narrado por voluntária dogrupo de gestantes do Centro Espírita Ildefonso Correia (Curitiba/PR), em reunião de avaliação ocorrida em 15.06.2000 e com pensamentos finais colhidos no cap. CXIII, do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

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