terça-feira, 3 de abril de 2012

O balão de Benny

Benny tinha setenta anos quando morreu subitamente de câncer, em Wilmette, Illinois.
Nos últimos dez anos de vida, havia recebido o amor de alguém muito especial: sua neta, Rachel – e o amor de avô para neta, assim como o de neta para avô, é desses sentimentos que nunca se esquece, e que nunca perece.
Infelizmente, Rachel não teve a chance de dizer adeus ao seu avô, e por isso chorou durante vários dias.
Seu pranto apenas cessou quando teve uma idéia, certo dia, após receber um grande balão vermelho numa festa de aniversário. E a idéia era a de escrever uma carta para o vovô Benny, e envia-la ao céu em seu balão vermelho.
A mãe de Rachel não teve coragem de dizer não, e observou com lágrimas nos olhos o frágil balão subir por entre as árvores que cercavam o jardim, e desaparecer.
Dois meses depois, Rachel recebeu esta carta, com carimbo do correio de uma cidade a novecentos quilômetros de distância, na Pensilvânia: “querida Rachel, vovô Benny recebeu a sua carta. Ele realmente a adorou.”
Por favor, entenda que coisas materiais não podem ficar no céu, por isso tiveram que mandar o balão de volta para a terra. Lá eles só guardam os pensamentos, as lembranças, o amor e coisas desse tipo.
Rachel, sempre que você pensar no vovô Benny ele saberá e estará muito perto, com um amor enorme por você.
Sinceramente, Bob Anderson (também um vovô).”
 
A singeleza desta passagem nos trouxe muita emoção, quando a lemos.
Faz-nos pensar sobre a morte, sobre a separação, sobre o amor, de uma forma tão sublime!
A resposta que Rachel recebeu de um bondoso e inspirado avô, deve conduzir-nos à uma reflexão profunda sobre a vida, sobre como continuamos a estar próximos daqueles que partiram.
“Eles só guardam os pensamentos, as lembranças, o amor e coisas desse tipo”; isto é, a maior homenagem que podemos fazer a eles estará no que sentir nosso coração, e no que recitarem as nossas preces.
Sigamos também o exemplo da neta, e enviemos constantemente “balões vermelhos” ao céu, com nossas mensagens de amor e saudade a eles.
Os balões serão nossas orações, que somente ganharão altura suficiente para serem ouvidas, se guardarem em seu íntimo a simplicidade, a sinceridade, e o coração.
O som das palavras voltará à terra, pois, como disse o avô da história “coisas materiais não podem ficar no céu”, mas tenhamos plena certeza que os sentimentos chegarão ao seu destino, e inundarão de alegria nossos amores desencarnados.
“Rachel, sempre que você pensar no vovô Benny, ele saberá e estará muito perto, com um amor enorme por você.”
***
Ensinemos as nossas crianças desde cedo a compreender a morte.
Mostremos a elas que este é um fenômeno natural, e que nos separa apenas fisicamente daqueles que nos são caros.
Como se estes estivessem numa viagem ao exterior, vivos, felizes, trabalhando e estudando; e apenas tivéssemos que desenvolver outras formas de comunicação com eles, como telefonemas, cartas e e-mails.
Estas outras formas de nos comunicarmos estão em nossas preces, em nossos sonhos, e nas inspirações que nos enviam.
É muito importante que as crianças entendam, desde cedo, que a morte não existe, e que tornaremos a encontrar todos aqueles que não habitam mais a terra.
 
Equipe de redação do momento espírita, a partir da história “O balão de Benny”, de Michael Cody, contida na obra “Histórias para aquecer o coração”.
 

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