Buscando sempre nas palavras de Jesus
ensinamentos úteis para as nossas vidas, lembramos de um caso
singular.
Ao final do dia o trabalhador dialogava
com a esposa, sobre diversos temas, quando enveredou pela crítica aos colegas de
trabalho que, segundo ele, praticavam erros abomináveis.
Lamentava-se dizendo que não aguentava
mais aquele pessoal da empresa.
A esposa que ouvia atenta,
perguntou-lhe:
O que foi desta vez?
Ao ouvir estas palavras ficou preocupado,
pois teve a impressão de reincidência no mau hábito de
criticar.
Todavia continuou: Sabe o que é? Lá na
seção existe uma cadeira vazia que serve para o usuário se sentar quando vem
falar conosco.
Pois bem, quando eles se retiram, não
colocam a cadeira de volta no lugar de origem, o que já é um
desrespeito.
E mais: os colegas não movem uma palha
para colocá-la no lugar correto. Eu é que faço isso sempre, já que a cadeira
fora do lugar atrapalha o trânsito.
A esposa, que até então ouvia sem dizer
uma palavra, comentou: É engraçado!
O quê? Indagou o esposo
curioso.
É engraçado tudo isto que você
disse.
Por quê?
Você comenta sobre os colegas que não
colocam uma cadeira no lugar, desrespeitando o ambiente de trabalho, quando você
faz o mesmo dentro de sua própria casa.
Como assim? Perguntou com o coração em
sobressalto, pela surpreendente revelação.
Você termina de almoçar, ou jantar,
levanta-se, a cadeira vai parar distante da mesa, quase no meio da
sala.
Seus filhos e eu observamos seu caminhar
satisfeito até o sofá, atirando o corpo saciado nele, voltando em seguida o
olhar sonolento para a televisão ou o jornal.
Enquanto isso, eu recolho os talheres e,
ao final, recoloco a cadeira no lugar, antes que você mesmo tropece e reclame
por ela estar fora de sua posição original.
Eu faço isso? Indagou
assustado.
Há oito anos, respondeu a
esposa.
Esse era o tempo que viviam
juntos.
* * *
Jesus, em Sua sabedoria
questiona:
Por que olhas para o cisco que está no
olho de teu irmão e não notas a trave no teu olho?
Assim procedemos muitos de nós. Reprovamos
os defeitos dos outros e esquecemos de dar uma olhada no nosso modo de
ser.
Criticamos nos outros o que costumamos
fazer habitualmente, sem nos darmos conta.
Jesus, após o questionamento,
recomenda:
Tira primeiro a trave do teu olho, e então
verás para tirar o cisco do olho do teu irmão.
* * *
Antes de levantar a voz para criticar quem
quer que seja, voltemos o olhar para nossa própria situação.
Observemo-nos constantemente para não
cairmos no mesmo equívoco do esposo que deixava a cadeira fora do lugar e
criticava esse comportamento nos colegas.
Como podemos perceber, os ensinos de Jesus
são sempre oportunos e atuais, basta que saibamos
entendê-los.
Pensemos nisso!
Redação do Momento
Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 3, ed. Fep |
terça-feira, 1 de maio de 2012
A Trave e o Argueiro
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