sábado, 8 de setembro de 2012

Aos discípulos

“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é
escândalo para os judeus e loucura para os gregos.”
Paulo (I Coríntios, 1:23)



A vida moderna, com suas realidades brilhantes, vai ensinando às
comunidades religiosas do Cristianismo que pregar é revelar a grandeza dos
princípios de Jesus nas próprias ações diárias.
O homem que se internou pelo território estranho dos discursos, sem atos
correspondentes à elevação da palavra, expõese,
cada vez mais, ao ridículo e à
negação.
Há muitos séculos prevalece o movimento de filosofias utilitaristas.
E, ainda agora, não escasseiam orientadores que cogitam da construção de
palácios egoísticos à base do magnetismo pessoal e psicólogos que ensinam
publicamente a sutil exploração das massas.
É nesse quadro obscuro do desenvolvimento intelectual da Terra que os
aprendizes do Cristo são expoentes da filosofia edificante da renúncia e da bondade,
revelando em suas obras isoladas a experiência divina d’Aquele que preferiu a
crucificação ao pacto com o mal.
Novos discípulos, por isso, vão surgindo, além do sacerdócio organizado.
Irmãos dos sofredores, dos simples, dos necessitados, os espiritistas cristãos
encontram obstáculos terríveis na cultura intoxicada do século e no espírito utilitário
das idéias comodistas.
Há quase dois mil anos, Paulo de Tarso aludia ao escândalo que a atitude
dos aprendizes espalhava entre os judeus e à falsa impressão de loucura que
despertava nos ânimos dos gregos.
Os tempos de agora são aqueles mesmos que Jesus declarava chegados ao
Planeta; e os judeus e gregos, atualizados hoje nos negocistas desonestos e nos
intelectuais vaidosos, prosseguem na mesma posição do início. Entre eles surge o
continuador do Mestre, transmitindolhe
o ensinamento com o verbo santificado
pelas ações testemunhais.
Aparecem dificuldades, sarcasmos e conflitos.
O aprendiz fiel, porém, não se atemoriza.
O comercialismo da avareza permanecerá com o escândalo e a instrução
envenenada demorarseá
com os desequilíbrios que lhe são inerentes. Ele, contudo,
seguirá adiante, amando, exemplificando e educando com o Libertador imortal.

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