Sem
dúvida, a vida e a obra de Madre Teresa de Calcutá são fontes de
inspiração para todos os que objetivam o bem, a caridade e o amor.
Nascida na Albânia, em 26 de agosto de 1910, aos dezoito anos fez seus primeiros votos religiosos.
A serviço de sua congregação, foi enviada à Índia, como professora. Mais tarde, se tornaria assistente no Lar dos moribundos, em Kalighat.
Foi
nessa instituição que teve o seu contato com atividades
assistencialistas e, sobrepondo barreiras étnico-religiosas, recebeu
donativos de hindus, muçulmanos e budistas para as obras de caridade.
Auxiliou
crianças e idosos abandonados, mulheres grávidas, leprosos, aidéticos e
uma infinidade de homens e mulheres necessitados.
Mais
do que um curativo, um prato de comida, Madre Teresa trabalhava
incessantemente em prol daqueles cuja esperança havia sido furtada e
oferecia amor a todos aqueles que a sociedade marginalizava.
Merecidamente, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979, além do título de Doutora Honoris Causa em
Medicina pela Universidade Católica Sagrado Coração, na Itália, e a
Medalha Presidencial da Liberdade, nos Estados Unidos, em 1985.
Desencarnou em 1997, aos oitenta e sete anos, legando à Humanidade um grande exemplo de humildade e amor ao próximo.
O
que poucas pessoas sabem é que Madre Teresa de Calcutá passou por um
período de conflito em sua vida. Seus biógrafos costumam chamar de a noite escura de Madre Teresa.
Nesse período, em cartas enviadas a amigos e confidentes, ela revelou um profundo sentimento de vazio, de escuridão.
Numa de suas cartas escreveu: Há
tanta contradição em minha alma, um profundo desejo de Deus. Um
sofrimento contínuo e, com isso, o sentimento de não ser querida por
Deus, vazia, sem fé, sem ânimo, sem zelo.
Pessoas
que conviveram de forma mais íntima com Madre Teresa afirmam que ela
superou seus conflitos e manteve, ainda com mais determinação, o anúncio
do Evangelho do Cristo e o amor aos pobres.
Mais tarde, já bastante idosa, a discípula do amor foi questionada acerca de sua noite escura.
Ela
respondeu, de forma bem humorada, que tais conflitos internos serviram
de proteção diante de tanta exposição na mídia, de forma que não
perdesse de vista seus objetivos, ou seja, o amor e a caridade.
Também
com suas dúvidas existenciais Madre Teresa nos deixa valiosas lições.
Mesmo diante de íntimos questionamentos, manteve-se firme em seus
propósitos.
Nos momentos em que não conseguia administrar seu torvelinho interno de dúvidas, trabalhava mais e mais em prol do próximo.
E foi o próximo, o mais simples, o mais necessitado, que fez a ponte entre ela e as respostas que ardentemente desejava.
Da mesma maneira, muitas vezes passamos por noites escuras. Conflitos externos e internos que assolam nossas almas.
Jesus sentenciou: Faça aos outros tudo aquilo que gostaria que a ti fosse feito. Para encontrar respostas, Madre Teresa seguiu à risca tal recomendação. Teremos nós disposição suficiente para fazê-lo também?
Pensemos nisso!
livro Madre Teresa venha, seja minha luz, deBrian Kolodiejchuk, ed. Thomas Nelson.
Nenhum comentário:
Postar um comentário