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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

A BUSCA DE ACONSELHAMENTOS ESPIRITUAIS -Márcio da Silva Neiva

Muitas vezes nos deparamos diante de dificuldades para tomar uma decisão, neste momento a Doutrina nos recomenda refletir bem a fim de que o que desejamos fazer ou não chegue a uma solução que não venha prejudicar outros irmãos, a nós mesmos, animais em geral, aves e plantas. Popularmente se diz que o travesseiro é o melhor conselheiro. Traduzindo o ditado popular para os ensinamentos doutrinários, isto significa que, durante o sono, em nossos desdobramentos, entramos em contato com outros espíritos e, dependendo de nossa afinidade entraremos em contato com bons ou maus espíritos (1).
Nestes momentos é que buscaremos os aconselhamentos que possibilitem a nossa decisão, já que temos o livre-arbítrio para escolher qual o melhor caminho a ser seguido (2). No Evangelho Segundo Espiritismo temos um receituário de como proceder neste momento que se nos apresenta como difícil (3). Lá encontramos três questões que devemos submeter a nós mesmos:

1ª - Aquilo que eu hesito em fazer pode acarretar qualquer prejuízo a outrem?
2ª - Pode ser proveitoso a alguém?
3ª - Se agissem assim comigo, ficaria eu satisfeito?

Uma vez passando as respostas das perguntas acima no cadinho da razão, do que resultar então submeteremos à nossa consciência, valendo-se do nosso livre-arbítrio. Lá na nossa consciência, o nosso computador íntimo fará a análise, comparando o resultado dela com as Leis Divinas, ali arquivadas (4) e tomará a decisão que melhor se ajuste ao caso. Permanecendo a dúvida, poderemos nos valer de nosso guias espirituais nos citados desdobramentos pelo sono e, nas conversas com eles, buscar o aconselhamento. Contudo, se ainda ficar algum resquício de dúvida, então o Evangelho aqui referido nos aconselha: "Na dúvida, abstém-te".
Quando, nas Casas Espíritas  que freqüento, sou escalado para fazer o Evangelho comentado, procuro sempre valer-me de uma ou mais obras subsidiárias da Doutrina, páginas avulsas, artigos de jornais e revistas, ainda que contenham matéria contrária àquela do tema do Evangelho, objetivando, sempre, trazer maior clareza ao assunto. Tal prática possibilitou-nos criar seis trabalhos de fontes de consultas para estudo, pesquisa, palestras e artigos de jornais e revistas espíritas, trabalhos estes vinculados às obras básicas da Doutrina e mais o Obras Póstumas. Elaboramos, ainda, uma chave que possibilita vincular um assunto de um artigo, capítulo ou página, aos citados trabalhos.
Exemplificando melhor o contido no parágrafo precedente, repetiremos, a seguir uma estória que vinculamos ao Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XXVIII-II-24, que, em outras palavras, leva-nos a refletir nos momentos de indecisão:

AS TRÊS PENEIRAS (5)

Dona Flora foi transferida de seção na fábrica em que trabalhava. Para "fazer média" com o novo chefe, logo no primeiro dia, saiu-se com essa:
- Chefe, o Senhor nem imagina o que contaram a respeito da Zefinha...
Nem chegou a terminar a frase, porque o "Seu" Lico aparteou:
- Espere um pouco, Dona Flora, o que vai me contar já o passou pelas três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras, "Seu" Lico?
- A primeira peneira é a da verdade. Tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?
- Não, como posso? o que sei foi o que contaram, mas eu acho que...
- Então a sua estória já vazou a primeira peneira. Vamos à segunda, que é a da bondade. O que vai me contar é alguma coisa que a senhora gostaria que os outros dissessem a seu respeito?
- Claro que não!... Deus me livre!...
- Então essa estória vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira que é a da necessidade. A senhora acha mesmo necessário contar-me esse fato ou mesmo passa-lo adiante?
- Não chefe, passando nestas três peneiras , vi que não sobrou nada mesmo do que eu iria contar.

Já pensaram como as pessoas serias mais felizes se todas usassem, sempre, essas três peneiras?
Da próxima vez que surgir um boato por aí, passem-no nas três peneiras antes de obedecer ao impulso de passa-lo adiante.


 

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