quinta-feira, 11 de novembro de 2010

EMMA HARDINGE

Testemunha do Espiritualismo
A inglesa Emma Hardinge (1823-1899) foi uma destas mulheres que a despeito de tudo e de todos lutou pela causa espiritualista de forma contundente, apesar da oposição machista que vez por outra tinha que enfrentar.
Quando ainda era jovem foi levada pela mãe para Nova York, acompanhando uma companhia de teatro.
Até então Emma, cuja família era protestante, tinha grande aversão pelos fenômenos mediúnicos e pelas idéias dos espiritualistas.
Na primeira sessão mediúnica que participou, em 1856, fugiu correndo horrorizada. Por fim se adaptou e passou a exercer sua mediunidade.
Como médium ela protagonizou um dos casos mais bem documentados de sua época, quando em transe afirmou que o navio “Pacific” tinha naufragado no Oceano Atlântico e que todos os seus passageiros tinham sido mortos. Por conta desta revelação ela foi perseguida pela empresa proprietária da embarcação. Emma afirmou que suas declarações se baseavam em depoimentos de Espíritos desencarnados na tragédia. Por fim todas as suas informações foram confirmadas.
Após o incidente ela seguiu suas atividades mediúnicas viajando por todos os lugares dos Estados Unidos, fazendo propaganda do Espiritualismo Moderno e exercendo seus dons.
Voltou para a Inglaterra em 1856, onde escreveu duas grandes obras de cunho espiritualista, “Modern American Spiritualism” (Espiritualismo Americano Moderno), e “Nineteenth Century Miracles” (Milagre do Século Dezenove).
Referindo-se à médium e sua pesquisa, Arthur Conan Doyle afirmou:
“(...) A série de casos fenomenais era tão grande que Mrs. Britten contou mais de quinhentos exemplos registrados na imprensa nos primeiros anos, o que representa provavelmente algumas centenas de milhares não registrados (...)”.
Em seu país de origem casou-se, tendo mudado seu nome para Emma Hardinge Britten. Em seguida lançou o jornal “The Two Worlds” (Os Dois Mundos).
Voltemos aos comentários de Arthur Conan Doyle:
“(...) Algumas notas relativamente a Mrs. Britten podem adequadamente ser aí introduzidas, de vez que nenhuma história do Espiritismo seria completa sem referências a essa notável senhora, que foi chamada o São Paulo feminino do movimento espírita (...)”
Futuramente ela viajaria para a Austrália e a Nova Zelândia, onde lançou, juntamente com seu esposo, também espiritualista, as bases de várias sociedades.

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