sábado, 19 de março de 2011

história : O “Santo Luiz Sérgio”



Não se passou directamente connosco.


Luiz Sérgio era estudante de engenharia electrónica na Universidade Nacional de Brasília, tinha 23 anos, quando, em acidente de automóvel, desencarnou. Isto passou-se em 1973. Mais exactamente no dia 12 de Fevereiro.


Passados cerca de 3 anos o espírito de Luís Sérgio começa a comunicar-se psicograficamente através da médium Alayde de Assunção e Silva, sua prima em segundo grau e espírita militante em São Bernardo do Campo.


Suas mensagens dirigiam-se, primeiramente aos seus pais. Mas depois verificou-se que o conteúdo era tão rico que essas mesmas mensagens acabaram por ser agrupadas em livro que foi publicado com o título “O mundo que eu encontrei”. Neste livro vem, logo a seguir ao prefácio feito pelos pais, uma fotografia de Luiz Sérgio.

Muitas mais mensagens e muitas mais informações sobre as realidades espirituais foram transmitidas por este espírito e coligidas em livros. Pessoalmente, ao todo possuo dez. Todos muito interessantes, com grande soma de informações sobre o mundo espiritual e relações com o mundo físico.

Serve isto para dizer que me chamou particularmente a atenção um capítulo do 4º livro deste conjunto, intitulado “Na esperança de uma nova vida”. Eu designo este conjunto de livros por “colecção Luís Sérgio”, à semelhança dos 16 livros da “colecção André Luiz”.

O capítulo a que me refiro é o 18º e tem o título ‘Equívocos alimentados pela idolatria’

Conta-nos Luiz Sérgio que, ao olhar para a sua ficha de serviço pôde ler:


Ir à Terra dar apoio moral a uma senhora que chama por você. Fazê-la encontrar Jesus, o único caminho, fazendo-a sentir que os espíritos não são divindades. Não deixar os encarnados tratá-lo como santo”.
O que se passava, então?
Passo a palavra a Luiz Sérgio:

[...] Não havia ninguém na sala. Fomos ao quarto. Divisei, de imediato, uma fotografia minha recortada do livro "O Mundo Que eu Encontrei", com flores e velas.
A jovem senhora estava orando. Pedia para todos, pois junto ao meu retrato haviam outros de espíritos de grande hierarquia, sendo eu um dos menores. Coloquei a mão na testa e disse para mim mesmo:

"O que vou fazer aqui? Sai dessa, Luiz Sérgio!"
Voltei-me para a porta e vi os dois orientais fazendo guarda. O Ocay orava e ondulações vibratórias inundavam todo o ambiente. Acerquei-me da irmã que tanto me queria e percebi que o seu desejo era a compra de um imóvel. Orava pedindo a todos e a mim com mais devoção. Fiz uma prece. Ela sentiu um arrepio e disse:

-Virgem Maria! Hoje a vibração está pesada; parece que alguém quer se passar por Luiz Sérgio. Pensa que me engana. Como já conheço este garoto... ele adora este recanto. Fica comigo e me ajuda em tudo o que desejo.

Olhou as outras estampas e sorrindo como se conversasse com elas, falou:

- Eu amo a todos, mas ele é mais meu amigo.

Tive muita pena daquela irmã. Lembrei-me da minha ficha de trabalho e li:
"Fazer a irmã encontrar o caminho de Jesus para aproximá-la do Pai".

Não posso descrever o que mais havia naquele quarto. Afaguei os seus cabelos, e que me perdoe Ocay, ela se arrepiou toda. Orava pedindo por ela. Sentei-me no chão fitando aquela criatura pedindo para o meu espírito ajudá-la e me senti muito estranho. Será que eu podia ajudá-la? Pensei:
"Eu posso, sim. Por que não o fazer?"

- Vamos olhar depois no nosso "tanngee" o que vai acontecer se nós dermos o que ela deseja, observou Ocay.

Estava ficando nervoso. Fiz uma oração que aprendi quando desencarnei. Uma amiga que me ajudou muito me ensinou:

"Jesus, aqui estou, com esperança de evoluir para chegar ao Pai.
Ajuda-me, Senhor, meu amigo, a ter coragem para deixar e esquecer as coisas da Terra, encontrar na espiritualidade o meu novo lar e dentro dele lutar para a paz em todos os lares.
Assim seja. "

Pedi a Ocay para passar o dia com ela, pois que o tinha livre para aquele serviço. Ele respondeu:

- Luiz Sérgio, não tenha pressa. Muitas vezes viremos aqui.

Este é um trabalho demorado. O semeador escolhe a semente, procura boa terra, trata-a limpando-a, adubando-a e, em época certa, faz o plantio. Depois, com calma, espera germinar e dar sinal de vida. Assim faz o bom semeador.

- Meu jovem amigo, os irmãos da guarda vão deixar alguém entrar. Vamos orar.

Alguns minutos depois, vimos entrar um espírito alegre, mas cheio de pontos escuros.
- Ah! Meu querido. Você chegou! Sabe que tem alguém aqui querendo tomar o seu lugar? Senti vontade de não dar mais nada para você, de guardar o seu retrato, e até acabar com esse lugar de adoração.

O irmão que chegara esbaldava-se de rir. Sempre procurara fazer a irmã pedir mais e mais e, notem, às vezes, ela era atendida.

Tive pena daquele irmão. Não era um espírito ruim, mas gostava, sim, de brincar. Não conhecia a evangelização.
Ocay prendeu-o em uma faixa vibratória e ele parou, preocupado.

- Aqui tem coisa! Não estou compreendendo. Também, essa maluca vem chamando tudo que é espírito. Vai ver que alguém entrou aqui.

E procurava... procurava...

Já é do conhecimento de todos que conforme o estado vibratório do espírito ele não nos pode enxergar quando estamos em trabalho.
Continuava Ocay a ajudá-lo. Logo depois pelos nossos guardas, trabalhadores da Seara do Mestre, foi levado carinhosamente para uma agremiação espírita, um pouco assustado e curioso, pois sentia-se como se levado pelos ventos.

- Breve ele será um dos nossos, Sérgio, disse Ocay. É bom rapaz, só que um espírito sem rumo.
"Ora essa", pensei, "como pode um espírito viver sem rumo?” Peguei o meu caderno de perguntas e assinalei mais esta.


Moral da história:


1º - Não idolatremos ninguém: nem encarnados, nem desencarnados (ver histórias anteriores). O nosso Mestre é Jesus. Nós somos irmãos menores. Crianças espirituais ainda.

2º - Solicitar da espiritualidade auxílio para a resolução e/ou descoberta de questões materiais ou futilidades significa arriscarmo-nos a nos tornarmos presa de espíritos obsessores e mistificadores.

http://ideiaespirita.blogspot.com/search/label/hist%C3%B3rias%20que%20os%20Esp%C3%ADritos%20contaram

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