Não se passou directamente connosco.
Luiz Sérgio era estudante de engenharia electrónica na Universidade Nacional de Brasília, tinha 23 anos, quando, em acidente de automóvel, desencarnou. Isto passou-se em 1973. Mais exactamente no dia 12 de Fevereiro.
Passados cerca de 3 anos o espírito de Luís Sérgio começa a comunicar-se psicograficamente através da médium Alayde de Assunção e Silva, sua prima em segundo grau e espírita militante em São Bernardo do Campo.
Suas mensagens dirigiam-se, primeiramente aos seus pais. Mas depois verificou-se que o conteúdo era tão rico que essas mesmas mensagens acabaram por ser agrupadas em livro que foi publicado com o título “O mundo que eu encontrei”. Neste livro vem, logo a seguir ao prefácio feito pelos pais, uma fotografia de Luiz Sérgio.
Muitas mais mensagens e muitas mais informações sobre as realidades espirituais foram transmitidas por este espírito e coligidas em livros. Pessoalmente, ao todo possuo dez. Todos muito interessantes, com grande soma de informações sobre o mundo espiritual e relações com o mundo físico.
Serve isto para dizer que me chamou particularmente a atenção um capítulo do 4º livro deste conjunto, intitulado “Na esperança de uma nova vida”. Eu designo este conjunto de livros por “colecção Luís Sérgio”, à semelhança dos 16 livros da “colecção André Luiz”.
O capítulo a que me refiro é o 18º e tem o título ‘Equívocos alimentados pela idolatria’
Conta-nos Luiz Sérgio que, ao olhar para a sua ficha de serviço pôde ler:
“Ir à Terra dar apoio moral a uma senhora que chama por você. Fazê-la encontrar Jesus, o único caminho, fazendo-a sentir que os espíritos não são divindades. Não deixar os encarnados tratá-lo como santo”.
O que se passava, então?
Passo a palavra a Luiz Sérgio:
Passo a palavra a Luiz Sérgio:
A jovem senhora estava orando. Pedia para todos, pois junto ao meu retrato haviam outros de espíritos de grande hierarquia, sendo eu um dos menores. Coloquei a mão na testa e disse para mim mesmo:
"O que vou fazer aqui? Sai dessa, Luiz Sérgio!"
Voltei-me para a porta e vi os dois orientais fazendo guarda. O Ocay orava e ondulações vibratórias inundavam todo o ambiente. Acerquei-me da irmã que tanto me queria e percebi que o seu desejo era a compra de um imóvel. Orava pedindo a todos e a mim com mais devoção. Fiz uma prece. Ela sentiu um arrepio e disse:
-Virgem Maria! Hoje a vibração está pesada; parece que alguém quer se passar por Luiz Sérgio. Pensa que me engana. Como já conheço este garoto... ele adora este recanto. Fica comigo e me ajuda em tudo o que desejo.
Olhou as outras estampas e sorrindo como se conversasse com elas, falou:
- Eu amo a todos, mas ele é mais meu amigo.
Tive muita pena daquela irmã. Lembrei-me da minha ficha de trabalho e li:
"Fazer a irmã encontrar o caminho de Jesus para aproximá-la do Pai".
Não posso descrever o que mais havia naquele quarto. Afaguei os seus cabelos, e que me perdoe Ocay, ela se arrepiou toda. Orava pedindo por ela. Sentei-me no chão fitando aquela criatura pedindo para o meu espírito ajudá-la e me senti muito estranho. Será que eu podia ajudá-la? Pensei:
"Eu posso, sim. Por que não o fazer?"
- Vamos olhar depois no nosso "tanngee" o que vai acontecer se nós dermos o que ela deseja, observou Ocay.
Estava ficando nervoso. Fiz uma oração que aprendi quando desencarnei. Uma amiga que me ajudou muito me ensinou:
"Jesus, aqui estou, com esperança de evoluir para chegar ao Pai.
Ajuda-me, Senhor, meu amigo, a ter coragem para deixar e esquecer as coisas da Terra, encontrar na espiritualidade o meu novo lar e dentro dele lutar para a paz em todos os lares.
Assim seja. "
Pedi a Ocay para passar o dia com ela, pois que o tinha livre para aquele serviço. Ele respondeu:
- Luiz Sérgio, não tenha pressa. Muitas vezes viremos aqui.
Este é um trabalho demorado. O semeador escolhe a semente, procura boa terra, trata-a limpando-a, adubando-a e, em época certa, faz o plantio. Depois, com calma, espera germinar e dar sinal de vida. Assim faz o bom semeador.
- Meu jovem amigo, os irmãos da guarda vão deixar alguém entrar. Vamos orar.
Alguns minutos depois, vimos entrar um espírito alegre, mas cheio de pontos escuros.
- Ah! Meu querido. Você chegou! Sabe que tem alguém aqui querendo tomar o seu lugar? Senti vontade de não dar mais nada para você, de guardar o seu retrato, e até acabar com esse lugar de adoração.
O irmão que chegara esbaldava-se de rir. Sempre procurara fazer a irmã pedir mais e mais e, notem, às vezes, ela era atendida.
Tive pena daquele irmão. Não era um espírito ruim, mas gostava, sim, de brincar. Não conhecia a evangelização.
Ocay prendeu-o em uma faixa vibratória e ele parou, preocupado.
- Aqui tem coisa! Não estou compreendendo. Também, essa maluca vem chamando tudo que é espírito. Vai ver que alguém entrou aqui.
E procurava... procurava...
Já é do conhecimento de todos que conforme o estado vibratório do espírito ele não nos pode enxergar quando estamos em trabalho.
Continuava Ocay a ajudá-lo. Logo depois pelos nossos guardas, trabalhadores da Seara do Mestre, foi levado carinhosamente para uma agremiação espírita, um pouco assustado e curioso, pois sentia-se como se levado pelos ventos.
- Breve ele será um dos nossos, Sérgio, disse Ocay. É bom rapaz, só que um espírito sem rumo.
"Ora essa", pensei, "como pode um espírito viver sem rumo?” Peguei o meu caderno de perguntas e assinalei mais esta.
Moral da história:
Moral da história:
1º - Não idolatremos ninguém: nem encarnados, nem desencarnados (ver histórias anteriores). O nosso Mestre é Jesus. Nós somos irmãos menores. Crianças espirituais ainda.
2º - Solicitar da espiritualidade auxílio para a resolução e/ou descoberta de questões materiais ou futilidades significa arriscarmo-nos a nos tornarmos presa de espíritos obsessores e mistificadores.
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