quarta-feira, 29 de agosto de 2012

“Quem lê, atenda.”

“Quem lê, atenda.”
J esus . (Mateus, 24:15.)


 Assim como as criaturas, em geral, converteram as produções sagradas da
Terra em objeto de perversão dos sentidos, movimento análogo se verifica no
mundo, com referência aos frutos do pensamento.
Freqüentemente as mais santas leituras são tomadas à conta de tempero
emotivo, destinado às sensações renovadas que condigam com o recreio pernicioso
ou com a indiferença pelas obrigações mais justas.
Raríssimos são os leitores que buscam a realidade da vida.
O próprio Evangelho tem sido para os imprevidentes e levianos vasto
campo de observações pouco dignas.
Quantos olhos passam por ele, apressados e inquietos, anotando
deficiências da letra ou catalogando possíveis equívocos, a fim de espalharem
sensacionalismo e perturbação? Alinham, com avidez, as contradições aparentes e
tocam a malbaratar, com enorme desprezo pelo trabalho alheio, as plantas tenras e
dadivosas da fé renovadora.
A recomendação de Jesus, no entanto, é infinitamente expressiva.
É razoável que a leitura do homem ignorante e animalizado represente
conjunto de ignominiosas brincadeiras, mas o espírito de religiosidade precisa
penetrar a leitura séria, com real atitude de elevação.
O problema do discípulo do Evangelho não é o de ler para alcançar
novidades emotivas ou conhecer a Escritura para transformála
em arena de esgrima
intelectual, mas, o de ler para atender a Deus, cumprindolhe
a Divina Vontade.


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