domingo, 14 de outubro de 2012

CONVITE À ESPERANÇA

“Tudo suporta,, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.”
(1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 13º, versículo 7.)


Não obstante estejam carrancudas as nuvens do teu céu, prenunciando
borrasca próxima aflitiva, espera. Após a tempestade que, talvez advenha,
talvez não, defrontarás dia claro pelo caminho.
Embora a soledade amarga a fazer-te sofrer fel e dor como se já não
suportasses mais a lenta e silenciosa agonia, espera. Amanhã, possivelmente
dois braços amigos estarão envolvendo-te e voz veludosa cantará aos teus
ouvidos gentil canção...
Mesmo que tudo conspire contra os propósitos abraçados, ameaçando
planos zelosamente cuidados, espera. Há surpresas que constituem
interferência Divina, modificando paisagens humanas, alterando rumos
considerados corretos.
Apesar de a chibata caluniosa fazer-te experimentar reproche e
desconsideração, arrojando-te à rua do descrédito, espera. A verdade chega
após a calamidade da intrujice para demonstrar a grandeza da sua força,
renovando conceituações.
À borda do abismo do desespero, incompreendido e em sofrimento, estuga
o passo e espera.
Reconsidera atitudes mentais e recomeça o labor. O futuro se consolida
mediante as realizações do presente..
Esperança expressa integração no organograma da vida.
O rio muda o curso, a montanha desaparece, a árvore fenece, o grão
germina, enquanto esperam... A mão grandiloqüente do tempo tudo muda. O
que agora parece sombras, logo mais surge e ressurge em ouro fulvo de luz.
Espera, diz o Evangelho, e ama. Espera, responde a vida, e serve. Espera,
proclamam os justos, e perdoa. Espera no dever distribuindo consolo e
compreensão, porqüanto, a fim de que houvesse a gloriosa ascensão do
Senhor, na montanha da Betânia, aconteceram a traição infame, o cerco da
inveja, a gritaria do julgamento arbitrário e a Cruz odienta, que em sublime
esperança o Justo transformou na excelsa catapulta para o Reino dos Céus.

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