Se a vida fosse um filme, nós seríamos os bandidos. Por mais simpáticos que pareçamos. Acho que seríamos os caras de Onze homens e um segredo (Ocean’s eleven) onde todo mundo torce pra eles roubarem o Cassino: Afinal, o outro cara é mais mau-caráter ainda.
Os “bonzinhos” aqui não estão fazendo mais do que deveriam ter feito desde o começo (se tivessem feito antes, não estariam aqui). Portanto, não esperem ao morrer receber tapinhas nas costas do tipo muito bem, garoto(a)! Nós estamos por conta própria. Não ponha a culpa no diabo pelas desgraças da sua vida, como fazem as religiões populares. Tudo opera por afinidade: Quando você olha para o abismo, o abismo olha pra você. Quanto mais você teme ou adora Lúcifer, mais se abre para que algum engraçadinho (ou inimigo) físico ou extrafísico assuma esse papel arquetípico e desempenhe exatamente o que você espera que um Lúcifer faça (e então você terá conhecido o “diabo em pessoa”).
Em compensação, por estarmos por conta própria os méritos de evolução e crescimento também são só nossos. Temos – é claro – a ajuda (e muita ajuda, se você se dispor a evoluir) de amigos aqui dentro da “prisão física” e até mesmo fora dela. Mas eles têm um limite de atuação. Não podem tirá-lo daqui. Podem até oferecer certas regalias, só que tais regalias podem até mesmo piorar sua situação no “presídio”. Por isso, muito cuidado com o que pede. Eles também não podem interferir nas suas escolhas. O livre-arbítrio existe e é a regra de ouro daqui da prisão, pois só através das nossas escolhas é que acharemos o portão de saída. Pode haver trapaças? Sim e não. Você pode até saber com antecedência do que deve fazer pra “sair por bom comportamento”, mas se na hora do vamos ver não houver uma ação gerada pela sua alma (e não apenas pelo corpo) não vai ter adiantado nada. Sua vibração é a sua identidade, é como um livro aberto da sua vida pra quem sabe ler. Você só veio parar aqui por conta da sua vibração: não pode nem alegar que está preso erroneamente. Só passarão para a direita aqueles que houverem feito por onde herdar o Reino. E o “passe de entrada” será sua vibração.
“Mas eu errei tanto… não há mais chance pra mim“, poderão dizer. TODOS nós erramos, e muito, por vidas sucessivas. Mas acertamos também. Já temos uma bagagem de aprendizado que poderíamos utilizar se nós meditássemos, ouvissemos nossos “grilos falantes”. Pode-se mudar a vibração do seu espírito em uma encarnação apenas. Difícil, mas não impossível. Por isso Jesus disse “os últimos serão os primeiros” (Mateus 20:16), porque a eles serão dadas oportunidades iguais de ascensão aos do que vieram penando há milênios, como na parábola dos trabalhadores de última hora. Basta dar o primeiro passo com firmeza, e parar de cair no mesmo buraco.
Mas, se existe o “Céu”, por que então ter de aprender aqui na Terra, em condições terríveis? Difícil responder com exatidão científica, mas creiam, só na veste grosseira da carne e do esquecimento é possível o verdadeiro aprendizado. Aqui conjuram-se forças de “vibração grosseira” que, por esta característica, são as mais adequadas para botar em movimento as energias mais densificadas que estão em nós (como as forças das águas são usadas para mover as grossas hélices que possibilitam gerar a sutil e refinada eletricidade). Quanto menos energia densa (menos bagagem), maior a vibração. Então temos de nos livrar de todas as “tralhas energéticas” que carregamos por medo, vaidade, arrogância ou ignorância. Bem que poderiam nos privar disso até passar a nossa crise de abstinência, não é? Não. Você tem livre-arbítrio. Se queres o material, terás. Lute por ele, morra por ele. Se afogue nele. Aquele que consegue usar o material para a sua própria evolução (e a dos outros) e não ser dominado por ele é que atingiu o equilíbrio. É aqui que está o segredo de Mateus 19:20. Não é que todo rico não vá entrar no céu, e sim aqueles que estão acorrentados às coisas da Terra.
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