Os acendedores de lampião eram trabalhadores responsáveis por acender, apagar e manter os lampiões a gás que iluminavam ruas, praças e avenidas antes da popularização da eletricidade.
Eles surgiram no século XIX, quando a iluminação pública a gás começou a se espalhar nas cidades, e permaneceram ativos até o início ou meados do século XX, dependendo do país e da cidade.
🔥 Como trabalhavam
Horário – Ao cair da tarde, eles percorriam as ruas com um longo bastão com chama na ponta para acender cada lampião. De madrugada ou ao amanhecer, voltavam para apagá-los.
Ferramentas – Bastão acendedor (às vezes com gancho para abrir o vidro do lampião), fósforos ou acendedores portáteis, e, em alguns casos, escadas.
Manutenção – Além de acender e apagar, limpavam os vidros, trocavam bicos queimados e verificavam o fluxo do gás.
🏙 No Brasil
Chegaram com a iluminação a gás, oficialmente inaugurada no Rio de Janeiro em 1854.
O trabalho era feito a pé ou de bicicleta, e cada acendedor tinha uma rota fixa.
Eram figuras muito conhecidas no bairro — quase parte da paisagem urbana.
✨ Importância cultural
Representavam um ofício de confiança e pontualidade: qualquer atraso significava ruas escuras.
Eram lembrados como símbolos de um tempo mais calmo e romântico, quando a iluminação pública era manual e a noite tinha um brilho mais suave.
Muitas crônicas e músicas antigas mencionam esses profissionais como personagens poéticos.
📜 Curiosidade: Em algumas cidades, o cargo foi mantido de forma cerimonial mesmo depois da eletrificação — por exemplo, em Praga e Londres, ainda há acendedores de lampião que atuam para turistas e eventos históricos.
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