Sua passagem pelo Exército foi outra página refulgente da sua carreira.
Predestinado, como sempre fora, para o exercício superior da medicina, viu Bezerra o seu campo dilatado para um ramo que lhe tinha sido, até então, impra-ticável: a cirurgia.
Tal foi o seu carinho e fervor, no desbravamento dessa nova especialida-de, que até os seus próprios companheiros não lhe regateavam louvores, conce-didos com merecido entusiasmo. A tal ponto que, logo no ano seguinte ao da sua nomeação para médico militar, Bezerra teve o prazer de ser recebido como sócio efetivo da Academia Nacional de Medicina.
Nessa ocasião apresentou à douta assembléia uma excelente “Memória”, considerada, até hoje, como uma das mais conscienciosas no assunto.
Entusiasmou-se o jovem médico pelo exemplo da vida e dos trabalhos do grande Ambroise Paré, o “Pai da Cirurgia”.
Plasmou, segundo o modelo do velho cirurgião francês, criador, da litoto-mia, a sua verdadeira personalidade.
Começou o triunfo. Não se deixou, porém, envaidecer com tão pouca coi-sa. Se lhe satisfazia no íntimo o sucesso da cirurgia, continuava, contudo, a sen-tir a necessidade de socorrer aqueles que o procuravam.
Não esqueceu, pois, a sua enorme “clientela” caseira...
“Bezerra de Menezes – O Médico dos Pobres”
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