terça-feira, 27 de outubro de 2009

Centro Espírita Bezerra de Menezes


Mensagem do Mestre baseia-se no afeto.

Quando se propõe a falar de afetividade relacionada à figura do Mestre Jesus, nos deparamos na precariedade dos relatos evangélicos acerca dos mínimos gestos do Cristo em relação às criaturas que o abordavam. Precariedade provavelmente relacionada com a objetividade escolhida por Jerônimo, ao ser indicado, pelo Imperador Focas, para a montagem da Vulgata Latina, ou seja, a versão que se tornaria aceita pela Igreja Oficial sobre os textos até então reunidos sobre a vida de Jesus e seus principais seguidores. Ocupado com a necessidade de transmitir informações que compusessem o corpo doutrinário do Cristianismo, de forma clara e concisa, certamente abriu mão de relatos mais poéticos e, provavelmente, mais ricos no sentido da expressividade de Jesus em seus relacionamentos.
Nossa crítica, porém, não pretende denegrir ou negar os propósitos verdadeiros daquele sábio e mesmo querer negar que alguns fatos foram mantidos, registrando lições profundas da capacidade de Jesus para demonstrar os seus sentimentos para os que compartilhavam da sua presença.
Certamente os que conviveram com ele em sua intimidade tiveram a oportunidade de acompanhá-lo e com ele aprender as mais sublimes e sutis manifestações de afeto, não só no sentido de expressá-los, mas também de como recebê-los.
Afetividade
A palavra de origem latina está intimamente relacionada com o verbo fazer (agir, produzir, realizar), tendo como significados: qualidade ou caráter de quem é afetivo: conjunto de fenômenos psíquicos que são experimentados e vivenciados na forma de emoções e de sentimentos; tendência ou capacidade individual de reagir facilmente aos sentimentos e emoções, emocionalidade; ser também sinônimo de meiguice.
Na prática, ela refere-se à capacidade que a criatura tem de reagir positiva ou negativamente em relação a alguém ou a alguma situação.
A expressão da afetividade é de fundamental importância na vida de relação e denota a habilidade emocional e sentimental da criatura, tanto quanto facilita as trocas entre as pessoas. Essa expressividade pode se fazer no sentido positivo quanto no negativo, e fazer-se presente por uma infinidade de formas de manifestação.
O homem, em sua prática diária, sempre conviveu com dificuldades várias relacionadas ao aspecto da expressão de sua afetividade. Culturalmente, sempre foram determinadas regras que permitem ou excluem formas de afeto, relacionadas com o local, o sexo, a idade, o status social e econômico das criaturas, provocando repressão e desvios dos mais variados, empobrecendo os relacionamentos.
Podemos exemplificar com as principais emoções e como são vivenciadas em nossa cultura.
Somos frutos de uma sociedade latino-americana, de princípios patriarcais, fortemente determinados pelas idéias judaicas e cristãs (entendendo as últimas mais como um ponto de vista sectário de uma visão dominante, do que dos princípios verdadeiramente cristãos). Nesta sociedade, os papéis foram claramente determinados tanto para homens quanto para mulheres e nas mais diversas camadas sociais e etárias; e os valores definidos, determinando uma falsa superioridade para a figura masculina e todas as funções determinadas para ela. Em geral, ao homem foi dada a responsabilidade de provedor e gestor, a ser vivida de maneira Centro Espírita Bezerra de Menezes

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