ERROS E FALTAS
Emmanuel
Imaginemo-nos diante de uma falta alheia que nos fere e aborrece. Erro que nos humilha e estraga a tranqüilidade.
Provavelmente, o delito terá sido até mesmo perpetrado contra nós.
Se te vês em condições de raciocinar, será justo inquirir de ti próprio se a pessoa em falha permanece em harmonia consigo própria.
Disporá do equilíbrio que, porventura, estejamos desfrutando para ajuizar com o possível acerto em torno de acontecimentos e coisas? Que antecedentes lhe ditaram a mudança de conduta? Haverá contato na existência com as escoras afetivas que nos resguardam segurança, desde muito tempo? Que recursos de auto-educação recebeu para evitar a queda em que se nos fez objeto de inquietação? Que forças lhe pesam na mente para abraçar comportamento contrário à nossa expectação e confiança?
Se te dispuseres ao auto-exame indispensável à preservação da consciência tranqüila, sem nenhum obstáculo, compreenderás o ensinamento do Cristo que nos pede amor pelos inimigos e recomenda se perdoa a ofensa setenta vezes sete vezes, sempre que nos bata à porta ou nos visite o coração.
E não basta unicamente observar a posição anômala em que os nossos companheiros terão agido. Razoável reconhecer que se vivemos, sentimos, pensamos, falamos e trabalhamos juntos, somos Espíritos na mesma faixa de evolução, uns mais à frente e outros um tanto à retaguarda do progresso, guardando todos a possibilidade de errar pelos empeços morais que ainda nos caracterizam.
A diferença entre aqueles que se transviam e aqueles que se conservam em linha reta é que o companheiro ainda impecável se mantém de freios seguros no carro da própria vida e o outro, o que errou, perdeu temporariamente o controle da direção.
Extraída do livro Mãos Unidas. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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