Em 1916, adoecera, em Uberaba, uma senhora. Louca.
Família pobre, porém unida pelos laços fraternos, tudo fez para amparar aquela que um desequilíbrio mental obrigava a uma vigília contínua.
Levaram-na ao primeiro médico, ao segundo, ao quinto, sem que os recursos da sua ciência conseguissem um alívio, sequer.
O estado da enferma agravara-se de tal maneira que nenhuma esperança se alimen-tava para a restituição da sua saúde, mesmo porque o seu médico assistente dissera à fa-mília que nada mais podia fazer, mas que, depois de se regresso de uma viagem ao Rio de Janeiro, novamente a atenderia, apenas em solidariedade à família. Se, na sua ausência, se manifestassem crises mais violentas, que a fechassem em um quarto reforçado – provi-dência que chegou a ser tomada.
Na manhã seguinte, agravara-se muito o estado de saúde da enferma, porquanto a perna esquerda estava bastante inchada, com manchas roxas, enormes. Alarmada, a famí-lia volta ao consultório do médico. Este, após longo e minucioso exame, diz:
- Infelizmente, todos os sintomas e características são de gangrena e, nesses casos, só a amputação da perna poderá resolver. Aconselho procurar um médico cirurgião, porque o caso, agora, pertence mais a ele.
Ante diagnóstico tão sombrio, a família telegrafou a Eurípedes e este, incontinenti, respondeu pedindo que levassem a enferma a Sacramento para onde seguiu, de imediato, com imensas dificuldades.
Naquela mesma noite, na sua residência, Eurípedes, com o seu sorriso de sempre, foi logo proporcionando esperanças, consolo e tranqüilidade. Ficaria sã do desequilíbrio mental e, quanto à gangrena, não passava do efeito da atuação do espírito obsessor!...
Dois dias depois, apenas aplicando água fluidificada para banhar a perna, a gangrena havia desaparecido e, dezoito dias depois, estava completamente livre do desequilíbrio mental!
"Eurípedes Barsanulfo, o Apóstolo da Caridade"
Jorge Rizzini - Ed. Espírita Correio Fraterno do ABC
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