Emmanuel
À maneira da árvore que se te ergue à vista sobre raízes ocultas, equilibra-se-te a existência temporária na Terra sobre afeições invisíveis.
São quase todas elas tecidas nos laços que deixas-te à distância, antes do berço de que procedes, na luta renovadora em que agora estagias.
Lembra-te de que o aprendizado de hoje é sagrado tentame para que te desvencilhes de tudo o que foi, em teus passos, ilusão e sombra de ontem.
Não olvides também de que se avanças para a frente de luz, ao influxo dos afetos superiores que te estendem braços amigos das regiões elevadas, és constrangido igualmente a suportar a influência da retaguarda de sombras, por todas as afeições subalternas com as quais compartilhaste os infelizes enganos da obsessão e da delinqüência.
Não te confies a quantos se te ofereçam nas trilhas do Mias Além, para a solução de interesses inferiores.
Muitas vezes, o obséquio gratuito das entidades menos esclarecidas que te induzem à preguiça ou a vantagens imediatas, em prejuízo do próximo, será, mais tarde, pesada reparação, quando a liberação do corpo físico te aclare a força do entendimento.
Recorda que é sempre fácil partilhar os sonhos e as aspirações daqueles que se igualam a nós na senda evolutiva ou palmilham mais baixo degrau que o nosso, à luz do conhecimento, e aprende a ciência difícil de conviver com os instrutores que, por amigos sábios e generosos de nosso próprio futuro, nos impõem a disciplina do trabalho e do sacrifício, da humildade e da renúncia na construção da felicidade dos outros, porque somente com eles e por eles, desvaladas sentinelas de nosso aperfeiçoamento, conseguiremos entesourar, com Cristo e dentro de nós mesmos, as riquezas do eterno amor e do excelso merecimento para a divina ascensão.
Espírito: Emmanuel Psicografia: Francisco Cândido Xavier Livro: Família
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