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sábado, 27 de novembro de 2010

Na Vitória Real

“Tende bom ânimo; eu venci o mundo.”
 - Jesus
 
 
         É importante enumerar algumas das circunstâncias difíceis em que se encontrava Jesus, quando asseverou perante os discípulos: “tende bom ânimo; eu venci o mundo”.
         Ele era alguém que, na conceituação do mundo, não passava de vencido vulgar.
         Sabia-se no momento de entrar em amarga solidão.
         Confessava que fora incompreendido pelos homens aos quais se propusera servir.
         Não ignorava que os adversários lhe haviam assaltado a comunidade em formação, através de um amigo invigilante.
         Dirigia-se aos companheiros, anunciando que eles próprios seriam dispersos.
         Falava, sem rebuços, da flagelação de que seria vítima.
         Via-se malquisto pela maioria, perseguido, traído.
         Não desconhecia que lhe envenenavam as intenções.
         Certificara-se de que as pessoas mais altamente colocadas eram as primeiras a examinar o melhor processo de confundi-lo.
         Percebera o ódio de que se tornara objeto, principalmente por parte daqueles que pretendiam açambarcar o nome de Deus, a serviço de interesses inferiores.
         Reconhecia-se a poucos passos da morte, a que se inclinaria, condenado sem culpa.
         Entretanto ele dizia: “tende bom ânimo; eu venci o mundo”.
         Quanto te encontres em crise, lembra-te do Mestre.
         Subjugado, seria o conquistador inesquecível.
         Batido, passaria à condição de senhor da vitória.
         Assim ocorre, porque os construtores do aperfeiçoamento espiritual não estão na Terra para vencer no mundo, mas notadamente para vencer o mundo, em si mesmos, de modo a servirem ao mundo, sempre mais, e melhor.

Livro: “Palavras de Vida Eterna” – Psicografia: Francisco C. Xavier- Espírito Emmanuel

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