"O homem moderno está adiposo no raciocínio, nos gostos e nos sentimentos. O mundo está precisando, sobretudo, de uma dieta mental..."
Olá! Recebemos o artigo abaixo por e-mail, de nosso amigo Wolmir Adriano, e fomos em busca de mais informações. Inúmeros sites reproduzem o referido artigo, sendo indicativo de foi bem recebido e que correspondeu, e ainda corresponde, ao que muitos pensam da neurose da "obesidade" dos dias atuais.
Digitando "Andrew Oitke" no Google, é possível saber quem é este professor e maiores detalhes de sua obra e trabalho.
Enviamos o artigo à lista porque, embora escrito em 2001, é cada vez mais atual.
O objetivo é a análise, por parte de todos, do surto de obesidade mental que a sociedade enfrenta, enquanto combate com determinação e ferocidade, até, a obesidade corporal.
O obeso é objeto de escárnio e desprezo social (vide rodeio da gordas no interior de SP). Os magros e belos (em tese), mesmo que obtendo a beleza à custa de cirurgias, retiradas de partes do corpo, enxertos e próteses, ganham seguidores apaixonados, que os aplaudem e idolatram. Mulheres-celebridades, que acabaram de ter bebês, surgem na mídia poucas semanas após com os corpos "lisos", magros e de acordo com o que a ditadura da forma determina como perfeito nos dias atuais, qual se nunca tivessem dado à luz. Onde os seios repletos de leite, o ventre voltando à forma normalmente, o rostinho arredondado e feliz?
A boa forma deve ser uma conquista e não uma obsessão. Gostar de si mesmo e cuidar do corpo com carinho é dever nosso. Uma dieta saudável, exercícios e atividades que fortifiquem e propiciem resistência orgânica é coisa que devemos ter como regra na vida. Mas sempre com equilíbrio. Como bem explica Scheilla, a querida enfermeira espiritual, na mensagem abaixo, precisamos ir além dos treinamentos e regimes para o corpo: precisamos nos aplicar, também, na busca da saúde mental e espiritual, através de exercícios e dietas que nos tornarão não atletas ou astros-celebridades das multidões, mas atletas da alma, aqueles que não vencem os outros, mas vencem a si mesmos.
A todos, um abraço muito especial.
Tenham um dia muito feliz, com a paz e a bênção de Jesus!
Lori (Instituto André Luiz)
OBESIDADE MENTAL
Prof. Andrew Oitke
OBESIDADE MENTAL
Prof. Andrew Oitke
O prof. Andrew Oitke, catedrático de Antropologia em Harvard, publicou em 2001 o seu polêmico livro “Mental Obesity”, que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.
Nessa obra introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.
Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física decorrente de uma alimentação desregrada. É hora de refletir sobre os nossos abusos no campo da informação e do conhecimento, que parecem estar dando origem a problemas tão ou mais sérios do que a barriga proeminente. "
Segundo o autor, "a nossa sociedade está mais sobrecarregada de preconceitos do que de proteínas; e mais intoxicada de lugares-comuns do que de hidratos de carbono.
As pessoas se viciaram em estereótipos, em juízos apressados, em ensinamentos tacanhos e em condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada."
"Os 'cozinheiros' desta magna “fast food” intelectual são os jornalistas, os articulistas, os editorialistas, os romancistas, os falsos filósofos, os autores de telenovelas e mais uma infinidade de outros chamados 'profissionais da informação'".
"Os telejornais e telenovelas estão se transformando nos hamburgers do espírito. As revistas de variedades e os livros de venda fácil são os “donuts” da imaginação. Os filmes se transformaram na pizza da sensatez."
"O problema central está na família e na escola."
"Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se abusarem dos doces e chocolates. Não se entende, então, como aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, por videojogos que se aperfeiçoam em estimular a violência e por telenovelas que exploram, desmesuradamente, a sexualidade, estimulando, cada vez com maior ênfase, a desagregação familiar, o homossexualismo, a permissividade e, não raro, a promiscuidade.
Com uma 'alimentação intelectual' tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é possível supor que esses jovens jamais conseguirão viver uma vida saudável e regular".
Um dos capítulos mais polêmicos e contundentes da obra, intitulado "Os abutres", afirma:
"O jornalista alimenta-se, hoje, quase que exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, e de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular."
O texto descreve como os "jornalistas e comunicadores em geral se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante".
"Só a parte morta e apodrecida ou distorcida da realidade é que chega aos jornais." (E à mídia em geral.)
"O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para quê ela serve.
Todos acham mais cômodo acreditar que Saddam é o mau e Mandella é o bom, mas ninguém se preocupa em questionar o que lhes é empurrado goela abaixo como "informação".
Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um “cateto.”
Prossegue o autor:
"Não admira que, no meio da prosperidade e da abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.
A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se e o folclore virou "mico". A arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce, entretanto, a pornografia, o cabotinismo (aquele que se elogia), a imitação, a sensaboria (sem sabor) e o egoísmo.
Não se trata nem de uma era em decadência, nem de uma 'idade das trevas' e nem do fim da civilização, como tantos apregoam."
"Trata- se, na realidade, de uma questão de obesidade que vem sendo induzida, sutilmente, no espírito e na mente humana. O homem moderno está adiposo no raciocínio, nos gostos e nos sentimentos.
O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental."
Por: Prof. João César das Neves
TREINAMENTOS E REGIMES
Scheilla
Francisco Cândido Xavier
Dizes-te interessado no corpo robusto* e confias-te a severas disciplinas, com ginástica rigorosa e desportos educativos.
Afirma-te doente e consagras-te a tratamentos de sacrifício, suportando largos jejuns e ingerindo porções amargas.
Lembra-te de que em nossa tranqüilidade e segurança, necessitamos também de regimes e treinamentos.
Não ingressaremos no santuário da educação sem constante exercício no estudo e nem penetraremos a glória do amor, sem a prática incessante da caridade.
O atleta do corpo costuma indagar dos outros, sob os aplausos do povo:
- Quantas vezes venci meus competidores?
O atleta da alma pode perguntar a si próprio, com a Bênção Divina:
- Quantas vezes venci meus competidores?
Em nossas atividades morais, na conquista da perfeição, é justo estejamos sempre na regata de suor do trabalho nobre, aprendendo o salto mental sobre as víboras da calúnia e da insensatez e mantendo-nos na maratona da humildade, em partidas valiosas de tolerância e gentileza no amparo aos semelhantes.
Na defesa de nossa paz íntima, é preciso igualmente não esquecer a abstenção dos pensamentos infelizes, com deliberada fuga aos pratos da maledicência e ao vinagre da crítica, abolindo-se totalmente o vinho da lisonja e o licor do elogio que operam lastimável embriaguez com deserção de nossas responsabilidades.
Treinamentos e regimes...
Não olvides, porém, que, em favor da harmonia de tua alma, não dispensarás esses mesmos recursos na sustentação da reta consciência e no cultivo da própria felicidade, porque, somente obedecendo às leis de trabalho e caridade, simplicidade e cooperação é que obteremos os títulos de simpatia e merecimento, capazes de conduzir-nos à alegria triunfante.
* Robusto: forte, saudável, vigoroso (nota nossa).
(Do livro "Ideal Espírita", pelo Espírito Scheilla, Francisco Cândido Xavier, edição CEC)
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