terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Aplacando o ódio

A REENCARNAÇÃO
       TRANSFORMANDO O ÓDIO EM AMOR

O canal Discovery da Net, recentemente mostrou a experiência realizada por alguns cientistas em torno do desenvolvimento e do comportamento dos gêmeos no útero materno. Foram registradas cenas impressionantes onde os fetos se comportavam como se estivessem se agredindo mutuamente. Os cientistas afirmaram tratar-se de espasmos naturais do desenvolvimento fetal, entretanto, diante das cenas apresentadas, onde um dos fetos parecia se defender da agressão, não pude deixar de analisar o fato dentro da visão espírita. Com certeza, sem generalizar, esses espíritos provavelmente foram inimigos de outras vidas que, ligados por laços obsessivos gerados pelo ódio e, agredindo-se mutuamente durante longo período, fundiram-se em uma simbiose infeliz. Ao se submeterem à uma nova encarnação na condição de gêmeos, apesar do esquecimento providencial de que são acometidos, o subconsciente de cada um deles registra a presença hostil do outro, da qual tenta se defender ou agredir instintivamente. Ao consolidarem a reencarnação enfrentarão períodos de animosidades a partir dos primeiros anos de vida no plano físico, entretanto, dotados da mesma aparência, aprenderão a ver no outro a si mesmo, conseqüentemente amenizando a adversidade.
      Alguns poderão contestar a nossa visão, entretanto ela não nasceu apenas da teoria Espírita, mas sim de fatos que comprovam a influência psíquica do espírito reencarnante sobre as pessoas a que se liga desde o momento da concepção. Quantas mulheres a partir do momento em que ficaram grávidas, passaram a sentir aversão pelo marido e até mesmo sentir ódio. Isso geralmente ocorre quando o espírito que retorna pelo renascimento, é alguém que no passado teve sérios conflitos com o esposo. Da mesma forma que, quando é um espírito amigo, estimula os laços de afinidade e de amor.
    Certa ocasião, fui procurado por uma jovem universitária recém-casada que estava grávida de três meses, ela relatou-nos o seguinte:
     — Depois que fiquei grávida, comecei a sentir muito medo, vivo apreensiva, não consigo concentrar-me no meu trabalho e nos estudos e vez ou outra sofro ausências perdendo a noção de onde estou, já fiz vários exames médicos e os resultados foram todos negativos.
     Diante desses depoimentos fiz-lhe uma pergunta:
     — Essa gravidez foi espontânea? Você a desejava?
     — Sim! O que mais eu desejo é ter esse filho!
     Nesse momento o amigo espiritual que nos assistia passou-lhe a seguinte orientação:
     — Minha filha, neste momento em teu ventre esta se realizando o milagre da vida. Não se trata apenas da formação de um novo corpo, mas assinala o regresso de um espírito eterno à novas experiências na Terra, provavelmente vindo de muitas lutas em várias encarnações, trazendo consigo suas conquistas e seus fracassos, formando um conjunto de aptidões e deficiências que compõem o seu caráter. Segundo nos é dado saber, em sua última experiência na Terra, enfrentou graves desafios em luta pela sobrevivência, aproximando-se do momento de recomeçar, mostra-se titubeante e inseguro, precisando mais do que nunca de apoio e carinho. Os sintomas dos quais está sendo acometida, origina se no estado psíquico em que ele se encontra, dos quais participa sob forte influência. Todo tempo que dispor, converse com ele, diga-lhe o quanto você o ama, prometa apoiá-lo em todos os sentidos e, no final de cada diálogo, convida-o para uma prece. A partir desse exercício, você estará vivendo a gravidez espiritual e não apenas a gravidez biológica.
     Nossa irmã seguiu as orientações e em poucas semanas, veio nos trazer seu depoimento, seus sintomas desapareceram e cresceu a sua convicção com relação a existência da vida eterna.
     Neste caso ficou clara a influência psíquica do espírito sobre o comportamento da jovem mãe.
     Nessa visão ampliada da nossa realidade, passamos a compreender a importância da família, cujos laços nos obriga a uma convivência útil e necessária para o nosso desenvolvimento espiritual. Mesclada com aversões e afinidades, quando compreendida, transforma-se em valioso laboratório de aprimoramento moral estimulando as virtudes ainda não desenvolvidas pelos seus componentes.
     Por isso recomendamos, jamais renegue a bênção da maternidade e da paternidade. Jamais destrua o lar à conta de interesses egoístas e mundanos. Lembre-se, aqueles que a vida trouxe para junto de nós, os quais muitas vezes não toleramos a presença, não os ajudamos e não aprendemos a amá-los, amanhã, retornarão para junto de nós, impondo-nos condições ainda mais aflitivas.
     É assim que uma esposa hoje desprezada poderá retornar amanhã na condição de uma filha problema, obrigando-nos a um sacrifício ainda maior.
     Quantos esposos traídos e abandonados no passado estão hoje reencarnados como filhos das esposas infelizes de outrora, cobrando-lhes caro a insensatez da traição e do abandono.
     O lar é o santuário onde devemos construir os alicerces da nossa felicidade.
     O tributo a pagar é a renúncia e o perdão. Sem pagarmos esse tributo, jamais consolidaremos nossa felicidade.
     Antes de bater no peito e gritar pelos seus direitos, observe se está cumprindo as suas obrigações. Não falo das obrigações do pão e do teto, mas das obrigações morais para com a sua esposa ou esposo e para com os seus filhos. Está dando a eles o exemplo de fidelidade, de amor e de compreensão? Já consegue deixar do lado de fora da porta o mau humor e os problemas que não dizem respeito a sua família? Faça a si mesmo estas perguntas e analise profundamente. Fazendo isso, estará se aproximando do auto conhecimento que levará você a encontrar o caminho da felicidade, se é que a deseja realmente.
                                                                                                                             
                                       Nelson Moraes

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