A bebida alcoólica através dos milênios vem resistindo às mudanças de hábitos e costumes da humanidade, mantendo sempre um índice elevado de consumo.
Neste século, é triste registrar que esse vício está se alastrando entre os nossos jovens e até mesmo entre os indígenas, cuja incidência nas tribos alcança um número alarmante.
O beber socialmente inserido na cultura, marca o ponto de partida para um vício que não destrói apenas o indivíduo, mas quase toda a família.
Quantos lares desfeitos e crimes cometidos tem como causa a embriagues?
As estatísticas governamentais não são claras, talvez atendendo ao interesse das grandes fábricas e indústrias multinacionais. Mas quem lida com o povo, como é o caso dos espíritas em suas instituições, tem uma estatística real dos males causados por esse terrível vício.
Estamos vendo mulheres definhando pelo estado de insegurança em que vivem ao lado do companheiro alcoólatra. Os simplistas dirão: abandona! Parece fácil, porém a realidade é mais dura do que se supõe, na sua maioria são mulheres cuja preocupação maior é com o futuro dos filhos, isso as estimulam a procurarem meios de ajudar o esposo adoentado pelo vício.
Infelizmente a cura desse e de outros tantos vícios sempre depende do próprio implicado.
Existem instituições como a dos Alcoólicos Anônimos que prestam relevantes serviços nessa área, mas sem a presença do alcoólatra, o tratamento se torna inviável.
Então fica a pergunta: Como ajudar?
Combater o vício depois de consolidado é realmente muito difícil, mas podemos ajudar na prevenção, não apenas do alcoolismo, como também de qualquer outro vício que hoje está proliferando no seio da juventude.
Educação! Esta é a palavra chave!
Hoje a maioria das crianças são criadas sem uma orientação religiosa, consequentemente, crescem sem nenhum conceito formado sobre ética e moral, o que acaba contribuindo para que vivam uma pseudo-liberdade onde tudo é permitido.
O alcoolismo é mais grave do que se imagina, geralmente o alcoólatra torna-se um instrumento quase inconsciente de espíritos inferiores que se comprazem com os vícios humanos.
O que embebeda não é o álcool líquido que desce para o estômago, mas sim os vapores alcoólicos que sobem para o cérebro. É durante esse transito que os espíritos desencarnados, à semelhança de verdadeiros vampiros, sugam esses vapores, os quais lhes permitem viver as sensações da embriagues, conseqüentemente, isso leva o encarnado a beber cada vez mais.
Muitas vezes por trás desses espíritos viciados, se oculta um obsessor vingativo que se aproveita da situação para levar o encarnado a cometer atitudes que venham destruir seu lar e sua própria vida.
Conta uma estória, que um homem arruinado financeiramente, estava para se suicidar atirando-se de uma ponte, nisso aparece um espírito e lhe diz o seguinte:
– Não faça isso! Eu vou lhe dar toda fortuna que precisa, mas quero algo em troca.
– Estou desesperado, faço qualquer coisa que me pedir. – Afirmou o infeliz.
– Quero que espanque a sua irmã e mate a sua mãe.
Assustado, o homem respondeu:
– Isso eu não faço. Prefiro morrer.
– Esta bem, então quero que a partir de hoje você comece a beber todos os dias.
– Isso eu faço! – Afirmou.
Fechado o acordo, seus negócios prosperaram e ele começou a beber todos os dias.
Passado algum tempo, ao chegar em casa à noite, sua irmã o repreendeu. Nervoso passou a agredi-la ferozmente até deixá-la prostrada no chão. Tomada pelo desespero, sua mãe intercedeu e começou a gritar, ele a empurrou e ela caiu ao lado da filha, mais tarde, tomada pelo desgosto e pela forte emoção, veio a desencarnar vítima de um infarto violento.
Essa estória retrata bem uma realidade que não pode ser ignorada, pois quase todos os dias lemos na imprensa as manchetes se referindo a tragédias bastantes semelhantes, onde o indivíduo embriagado ou drogado, acaba agredindo ou matando membros da própria família.
É evidente que, em alguns casos, prevalece a índole do indivíduo que é estimulada pelo álcool e pelas drogas, mas temos um grande número de viciados que possuem uma índole boa, são pessoas amáveis, porém, sob o efeito das drogas, são atuados facilmente pelos espíritos que acabam agindo por seu intermédio alterando o seu comportamento, passando muitas vezes a um estado de agressividade.
São casos distintos, mas ambos acabam levando o viciado a cometer atitudes cujo efeito nocivo quase sempre tem como vítimas os familiares.
No primeiro caso, o indivíduo quase não sofre, pois expande algo que existe no seu eu mais profundo, não há remorso nem sentimento de culpa, em alguns casos, o melhor seria separá-lo da família.
No segundo caso, o implicado sofre e muito, pois acaba fazendo o que jamais desejou fazer. Aqui o apoio e a compreensão da família são muito importantes e podem ajudá-lo a se libertar do vício. Se a esposa ou algum parente próximo, recorrer do auxílio da desobsessão com responsabilidade, poderá contribuir sobremaneira no tratamento do viciado.
O importante no tratamento é saber discernir quando é um ou outro caso.
Nelson Moraes
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