quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O psiquismo na homossexualidade

A homossexualidade tem sido tema de estudo em todos os campos da ciência. Atualmente, em função do estabelecimento do mapeamento dos genes, os cientistas acreditam que encontrarão na genética as causas das anomalias de que são acometidos os seres humanos, inclusive na área dos transtornos psíquicos e dos distúrbios de comportamento.

Porém, ante a realidade mais ampla de que se constitui a natureza humana, ainda desconhecida pela maioria dos cientistas, não podemos considerar a matéria como causa, mas sim como efeito, cuja causa é o espírito imortal. Sendo assim, as alterações que ocorrem no corpo físico se originam sob a influência do psiquismo do espírito que está no comando da máquina orgânica.

Isso posto, qualquer suposição de que um determinado gene alterado pode causar os ditos distúrbios psíquicos é contraditória, pois estes se alteram em função do comportamento psíquico do espírito que anima esse corpo.

Situando o psiquismo do espírito como a grande causa dos distúrbios de comportamento, de onde se origina a tendência homossexual?

A tendência homossexual pode ocorrer por duas causas: transexualidade ou hábito adquirido em outras vidas.

Enfocando a questão de hábitos adquiridos, Chico Xavier, entrevistado pelo programa Pinga Fogo, na extinta TV Tupi, referindo-se à homossexualidade, afirmou que as guerras de longa duração e o serralho na antigüidade estimularam o desenvolvimento de costumes menos construtivos.

Entendemos que não só o serralho e as guerras, mas também a promiscuidade em que muitos povos viveram e alguns ainda vivem, as prisões e outras situações em que o ser humano é colocado em prova ou expiação, as quais, nem sempre bem vividas, são fatores a ser considerados.

Nesse caso, todos os que renascem inclinados a repetirem os mesmos hábitos praticados no passado, devem lutar para superá-los, assim como lutamos para superar qualquer outra viciação, pois a pratica homossexual não é uma condição estabelecida nos padrões da natureza e, todas as vezes que contrariamos a natureza, ela nos responde com graves responsabilidades e sofrimentos determinando longos períodos de reparação.
A TRANSEXUALIDADE
No caso da transexualidade, ou seja, quando o espírito opta por trocar de sexo ao reencarnar, podemos considerar como o grande desafio evolutivo do espírito que anseia pela sua emancipação dos patamares inferiores da evolução. Porém, nem todos conseguem superar as dificuldades que acaba encontrando para se adaptar às condições psíquicas que a natureza lhe impõe em face ao novo corpo, de sexo contrário ao seu psiquismo.
O espírito que sempre realizou suas experiências em um corpo feminino, desenvolveu e consolidou ao longo do tempo um psiquismo equivalente. Ao optar por reencarnar em um corpo masculino, o psiquismo feminino não sofre nenhuma alteração, provavelmente, desde a infância, demonstrará suas tendências e gostos femininos.
A transexualidade não impõe ao ser reencarnado a prática da homossexualidade. Embora o psiquismo contrário, o espírito reencarnado deve seguir os padrões da natureza com a qual foi revestido ou, então, sublimar seus atos direcionando suas energias sexuais para as realizações nobres da vida. Muitos o fizeram e se consagraram nos vários campos da manifestação humana, alguns reconhecidos como benfeitores da humanidade.
POR EXPIAÇÃO
Muitas vezes a transexulidade é imposta por necessidades expiatórias. Neste caso, por falta de uma evolução mais consistente no campo das emoções, quase sempre o fracasso surge como um novo ingrediente na somatória das provações que, embora os desvios de metas, acaba acrescentando novas experiências para o espírito em evolução. Nesse contexto, surge o transexualismo que, alicerçado na revolta, leva o espírito reencarnado aos exageros, tentando alcançar a transfiguração física da qual foi revestido pela natureza. Nesse processo de revolta, estabelecido nos refolhos da alma, muitos, principalmente no caso dos homens com tendências femininas, reagem assumindo atitudes afeminadas exageradas, transformando-as em um declarado protesto contra a sociedade que o discrimina.
POR OPÇÃO EVOLUTIVA
Quando a transexualidade se dá por opção evolutiva, mesmo quando o reencarnante fracassa na prova e se entrega à pratica da homossexualidade, o comportamento difere daqueles que reencarnaram em regime expiatório. Podemos reconhecê-los pela sobriedade e respeito com que cultivam suas relações íntimas e sociais, revelando um alto grau de sensibilidade no trato dos valores humanos.
POR MISSÃO E PROVA
Finalmente, temos os que conseguiram transcender ao psiquismo, e sagraram-se vitoriosos na prova. São muitos os que poderíamos enumerar, mas podemos tomar como exemplo nosso querido contemporâneo, Chico Xavier, que declarou aos amigos ter sido esta sua última encarnação a sua primeira num corpo masculino.
Ninguém pode negar que Chico era revestido de um psiquismo feminino. Muitos, principalmente alguns jornalistas, no início da sua missão como médium, o consideraram homossexual. Porém, Chico sublimou sua transexualidade e se manteve imune às tendências que lhe impunham o psiquismo consolidado em outras encarnações. Não afrontou a condição que a natureza lhe impôs, a fim de cumprir suas tarefas na Terra. Renunciou ao sexo concentrando suas forças no trabalho que deveria realizar em benefício do esclarecimento humano.
Creio, no meu entender, que Chico Xavier se constituiu num paradigma para aqueles que retornaram para a vida terrena sob o regime da transexualidade.
AS QUESTÕES SOCIAIS

Nas questões sociais, creio que a nossa sociedade ainda não está preparada para aceitar com naturalidade a prática da homossexualidade. Aliás, é sempre difícil aceitar como natural aquilo que está fora dos padrões estabelecidos pela natureza.

Porém, não podemos simplesmente ignorar o fato. O importante é aprendermos a conviver com ele, até mesmo quando surge no seio da nossa família, entendendo que todos somos espíritos em evolução e que, acima de tudo, somos irmãos e devemos uns aos outros, no mínimo, o respeito de que é digno qualquer ser humano.

As leis humanas poderão legalizar a convivência homossexual estabelecendo direitos e responsabilidades, o que eu acredito que até seja justo, mas não podemos esquecer que isso não irá alterar as leis naturais, as quais, cedo ou tarde, irão impor aos espíritos envolvidos as conseqüências geradas durante os períodos em que viveram em contradição com as condições impostas pela natureza planetária do mundo que lhes concedeu morada.

Em todos os distúrbios de comportamento, devemos ressaltar que a educação, a partir da primeira infância, surge sempre como a mais eficaz auxiliar na erradicação das tendências e dos hábitos menos felizes que geralmente se manifestam desde a mais tenra idade.

Infelizmente, a ignorância dessa realidade acaba gerando o descaso dos pais, que perdem valiosa oportunidade de ajudar seus filhos a exercerem a renovação e o aprimoramento a que se destinam pelas bênçãos da reencarnação.

Os pais devem estar atentos às primeiras manifestações do psiquismo com que se caracteriza o comportamento dos seus filhos; desde cedo poderão identificar suas tendências e trabalhá-las através de estímulos contrários às tendências menos felizes, ajudando-os no equilíbrio das suas emoções. Da mesma forma, poderão ajudá-los a harmonizarem o psiquismo com a sua natureza física, estimulando os valores referentes à condição masculina ou feminina, segundo a indumentária física de que dispõem na presente encarnação.

Se, apesar de todo o esforço, nos surpreendermos com um filho, ou com uma filha, que optou pela prática da homossexualidade, devemos, para com ele ou ela, toda a nossa compreensão e carinho, porém, cobrando-lhes o respeito à instituição familiar a fim de que haja uma convivência equilibrada, sem que os valores morais que sustentam a convivência dos seus membros sejam feridos.

Em um mundo faminto de amor e afeto, é compreensível que, na ânsia de saciar a carência afetiva, muitos acabam se entregando as práticas menos felizes. São períodos graves por que passa a humanidade, espero que possamos aprender a conviver e ajudar aqueles que optaram pelos caminhos mais difíceis, e que tenhamos amor e compreensão para oferecer-lhes dentro e fora dos nossos lares. •

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