Se deixamos a mágoa entrar em nossos corações pelas portas da frente, a felicidade sai pelas portas dos fundos!
Perdoar sempre é prova de sabedoria. É uma atitude nobre e ao mesmo tempo profilática, pois, ao perdoar aqueles que erroneamente denominamos nossos inimigos, estamos nos poupando de sérias complicações de saúde e, ao mesmo tempo, consolidando a alegria de viver em paz com a vida e com todos à nossa volta. Automaticamente, com essa atitude, tornamo-nos mais simpáticos, mais alegres e mais otimistas, aptos a desfrutarmos do sucesso em todas as nossas manifestações.
Quando adotamos o perdão em nossos corações, estamos nos desvinculando da faixa vibratória por onde transitam as emanações mentais de inteligências voltadas para o mal; conseqüentemente, adquirimos a paz. Este é o primeiro de uma série de benefícios que a atitude do perdão nos proporciona.
Alcançamos a paz porque nos desassociamos dos pensamentos de mágoa e de rancor, impedindo que os dardos mentais envenenados, daqueles que nos magoaram, continuem nos atingindo. Com essa atitude, criamos um mundo novo dentro de nós, onde o nosso coração se transforma no guardião dos nossos pensamentos, ampliando a nossa felicidade.
Quem pensa bem e age bem, vive bem!
Se vivemos constantemente apontando as escabrosidades do mundo, sem procurar compreendê-las, estaremos nos associando mentalmente aos acontecimentos infelizes e, amanhã, poderemos nos tornar suas vítimas.
Nós somos o que pensamos e irradiamos à nossa volta exatamente o que sentimos. Todos os que se aproximam de nós são envolvidos por essa energia que emana dos nossos sentimentos e, com certeza, através dela, atrairemos para o nosso convívio todos aqueles cujos pensamentos se associam aos nossos, ou seja, os nossos afins, os que pensam e sentem como nós, encarnados e desencarnados. Então eu direi: "Diga-me o que pensas e sentes e eu te direi com quem andas!"
Aprimorar nossas atitudes, nossos pensamentos e sentimentos é uma maneira inteligente e de certa forma científica de nos libertarmos do ciclo vicioso do sofrimento. Felizes são aqueles que já acordaram e estão em luta constante em busca desse aprimoramento! Estes já estão a caminho da verdadeira felicidade. Ao passo que, aqueles que ainda se vinculam ao sentimento de mágoa e de ódio, caminham para sofrimentos e provações morais que, mais tarde, refletir-se-ão no corpo físico, provocando sérios danos à saúde.
Mesmo quando somos caluniados e feridos injustamente, é de bom alvitre optarmos pelo perdão. Entretanto, perdoar não significa conviver ou acarinhar aqueles que se fizeram nossos adversários; é uma postura íntima que devemos assumir compreendendo a ignorância daqueles que ainda não alcançaram o grau da nossa compreensão. É como perdoar as crianças pelas suas traquinagens próprias da infância.
Encontraremos forças para assumir essa atitude na sábia rogativa do Mestre, proferida nos momentos finais do seu sacrifício:
"Pai, perdoai-os; eles não sabem o que fazem".
Realmente, aqueles que tomam atitudes contrárias à felicidade de alguém, por inveja ou por ciúmes, ou por qualquer outro motivo, é vítima da própria ignorância; não sabem que, com esse comportamento, semeiam a própria infelicidade. Só se tornarão suas vítimas, aqueles que vibram na mesma faixa de ignorância.
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