Será
possível estender o amor até mesmo aos inimigos? Este sentimento
sublime, que nos torna doces para com o amigo, que nos permite sentirmos
felicidade com sua simples presença, será possível de ser direcionado
aos inimigos?
O amor é uma atitude interior que se expande como acontece com o ar, que a tudo e a todos vitaliza.
Em se falando dos criminosos, a Lei de caridade diz que devemos ter para com eles compaixão.
Será
possível nos compadecermos por alguém que nos tirou a paz, retirando do
nosso lado o esposo amado, matando-o em um momento de loucura?
Analisando
a questão dos que nos fazem mal, é sempre oportuno recordar que o
criminoso é um doente e em si mesmo já muito infeliz.
Além disso, temos que considerar fatores sociais, econômicos e emocionais que conduzem à alucinação, ao crime e a delinquência.
Punir
tais criaturas é reagir com ódio. Cobrar o erro com a vingança é ser
pior do que o criminoso. O juiz, que dita sentenças em nome da
sociedade, graças aos conhecimentos que possui, deve ser sadio
emocionalmente e equilibrado nas suas decisões, a fim de ser melhor do
que o criminoso.
O ódio é vingador e a vingança expressa primitivismo do homem. Portanto, não é justiça.
A
técnica do amor receita para o delinquente a terapia do afastamento
temporário da sociedade, exatamente como um enfermo portador de doença
contagiosa.
Precisa ser tratado, para se reintegrar à sociedade dos sadios, depois.
O
amor reabilita moralmente o caído, oferecendo-lhe recursos para a
recuperação. Permitir que o criminoso repare os males praticados com
ações dignas e compensadoras, eis a chave mestra da renovação do mundo.
Matar
o assassino não devolve a vida à vítima, nem diminui a saudade de quem
lamenta a ausência do amado. Amputar os dedos ou as mãos do ladrão não
devolve o furto ao seu dono, que continua lesado.
Arrancar a língua do caluniador não repara os males que a acusação falsa já espalhou pelo mundo...
Quando o amor penetrar o íntimo dos homens, o ódio, que é doença do egoísmo, cederá lugar à fraternidade e à compreensão.
Por isso mesmo é que Jesus alertou: Ouvistes
o que foi dito aos antigos: amarás o teu próximo e aborrecerás o teu
inimigo. Eu porém vos digo: amai os vossos inimigos, orai pelos que vos
perseguem e caluniam para que vos torneis filhos de Deus sobre a Terra.
Se
amardes somente aos que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem
assim também os criminosos entre si e todos os homens de má vida?
* * *
O amor, em qualquer expressão, é a presença do Pai Criador sustentando a vida e dignificando as Suas criaturas.
Um dia, Ele haverá de triunfar sobre todas as circunstâncias e regerá todas as vidas.
Ao estabelecer a Lei de amor aos adversários, Jesus instaurou a era da misericórdia, que haveria de preceder a do amor real.
Ele mesmo viveu durante todo o Seu ministério a Lei do amor e por ela deu a vida.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 4 do livro Luz do mundo e
no cap. 8 do livro Pelos caminhos de Jesus, ambos pelo Espírito
Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 08.12.2009.
no cap. 8 do livro Pelos caminhos de Jesus, ambos pelo Espírito
Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 08.12.2009.
Comentários
Postar um comentário