Era uma vez Cilia e George. Eles estavam apaixonados. Seu amor foi abençoado com duas meninas, Rayann e Sheela.
Com esforço e dedicação, a imobiliária a que deram início, prosperou e cresceu.
Tudo
ia bem com a ajuda e o amor um do outro. Em certo ponto do caminho, no
entanto, algo deu errado. Eles começaram a discutir sobre questões
profissionais.
Depois, passaram a ter desentendimentos na condução do lar. Finalmente, sobre como educar as meninas.
Cilia dizia que George não a deixava crescer. Ele parecia seu pai, desejando ter sempre a última palavra, o poder de decisão.
George
não sabia mais o que pensar ou como agir na presença da esposa. Pelo
que se lembrava, ela casara com ele porque era sempre ele que tomava as
decisões.
Por
fim, depois de 15 anos de casamento, se divorciaram. Mas as discussões
continuaram. No trabalho e sobre a educação das filhas.
Quando
George foi chamado, em plena madrugada, pela polícia local, porque suas
filhas haviam sido presas em uma boate, alarmou-se.
Elas eram menores, estavam embriagadas e a mais velha portava pequena quantidade de heroína.
Nesse dia, o casal entendeu que o ônus emocional do seu desentendimento era demasiado para as meninas.
Pelo bem delas, resolveram participar de um seminário de fim de semana, sobre paternidade positiva.
Partiram juntos, de carro, rumo às montanhas. O trânsito estava ruim e ele decidiu ir por uma via secundária.
Foram
surpreendidos por uma tempestade de neve. Procurando um lugar seguro
para encostar o carro, George não viu a queda fatal de 300 metros.
O
veículo teve o parabrisa e a janela do motorista estilhaçados. Eles
estavam a 65 km da estrada principal e o carro estava enchendo de neve.
Colocaram
as bagagens na janela dianteira, para desviar a neve e o vento. O
motor, que lhes poderia gerar calor, recusou-se a funcionar.
No banco de trás, se aconchegaram. Não podiam dormir, pois estavam sem cobertores e, com o frio, poderiam congelar e morrer.
Precisavam sobreviver até o amanhecer, para andar até a estrada principal, em busca de ajuda.
O
aconchego, o revezamento de esfregar um ao outro para aumentar a
circulação e permanecerem alertas, foi lhes avivando a memória de tempos
já vividos.
Para
não cair no sono, cantaram todas as canções que lembraram. Quando se
esgotou o repertório, Cilia lembrou de recitar os votos formulados no
dia do casamento.
A
este nobre homem prometo tudo o que sou e sempre serei para você. Eu o
amarei para sempre. Cuidarei de você, mesmo quando todos lhe virarem as
costas.
George sentiu a torrente de amor e calor do dia em que se casara com ela.
Então, recitou os seus votos: Eu
a amo e prometo amá-la com toda a minha força. Eu lhe darei tudo o que é
meu e tudo será nosso. Lutarei para ser seu homem e seu defensor, seu
amigo durante o tempo que o sangue fluir em minhas veias. Sem você eu
fico sem finalidade neste mundo.
As palavras acenderam fogueiras em suas almas. Agora percebiam como precisavam um do outro.
Quando
amanheceu, a neve cessou, eles se deram um longo e apaixonado beijo. De
mãos dadas foram em busca de ajuda, com a certeza de que estavam nesta
vida, juntos, para sempre.
* * *
Se algo não vai bem em sua relação matrimonial, dê-se um tempo para pensar. Recorde porque você se uniu ao outro.
Mesmo sem tempestade de neve, ou perigo de congelamento, convide-o a rememorar os votos do dia do casamento.
E
redescubram, juntos, o valor da união matrimonial. Deem uma nova chance
um ao outro, reacendendo a chama do amor que um dia os fez desejarem
estar, para sempre, juntos.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Corações congelados
de amor, do livro Triunfos do coração, de Chris Benguhe, ed. Butterfly
Em 19.02.2009.
de amor, do livro Triunfos do coração, de Chris Benguhe, ed. Butterfly
Em 19.02.2009.
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