quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Amor sem preço

avia um garoto que, nos seus quase oito anos, adquirira um hábito nada salutar. Tudo para ele se resumia em dinheiro. Queria saber o preço de tudo o que via. Se não custasse grande coisa, para ele não tinha valor algum.

        Nem se apercebia o pequeno que há muitas coisas que dinheiro algum compra. E dentre essas coisas, algumas são as melhores do Mundo.

        Certo dia, no café da manhã, ele teve o cuidado de colocar sobre o prato da sua mãe um papelzinho cuidadosamente dobrado. A mãe o abriu e leu:

        Mamãe me deve: por levar recados - 3 reais; por tirar o lixo - 2 reais; por varrer o chão - 2 reais; extras - 1 real. Total que mamãe me deve: oito reais.

        A mãe espantou-se no primeiro momento. Depois, sorriu, guardou o bilhetinho no bolso do avental e não disse nada.

        O garoto foi para a escola e, naturalmente, retornou faminto. Correu para a mesa do almoço.

        Sobre o seu prato estava o seu bilhetinho com os oito reais. Os seus olhos faiscaram.

        Enfiou depressa o dinheiro no bolso e ficou imaginando o que compraria com aquela recompensa. Mas então, percebeu que havia um outro papel ao lado do seu prato. Igualzinho ao seu e bem dobrado.

        Abriu e viu que sua mãe também lhe deixara uma conta.

        Filhinho deve à mamãe: por amá-lo - nada. Por cuidar da sua catapora - nada. Pelas roupas, calçados e brinquedos nada. Pelas refeições e pelo lindo quarto - nada. Total que filhinho deve à mamãe - nada.

        O menino ficou sentado, lendo e relendo a sua nova conta. Não conseguia dizer nenhuma palavra. Depois se levantou, pegou os oito reais e os colocou na mão de sua mãe.

        A partir desse dia, ele passou a ajudar sua mãe por amor.
* * *
        Nossos filhos são Espíritos que trazem suas virtudes e suas paixões inferiores de outras existências. Cabe-nos examiná-las para auxiliá-los na consolidação das primeiras e no combate às segundas.

        Todo momento é propício e não deve ser desperdiçado.

        As ações são sempre mais fortes que as palavras.

        Na condução dos nossos filhos, cabe-nos executar a especial tarefa de agir sempre com dignidade e bom senso, o que equivale a dizer, educar-nos.

        Com exceção dos filhos extremamente rebeldes, uma boa dose de amor somada à energia, sempre dá bons resultados.
* * *
        É no lar que recebemos os primeiros ensinamentos sobre as virtudes.

        Na construção do senso moral, dos conceitos de certo e errado são muito importantes os exemplos dados pelos pais.

        É no doce mundo familiar que se adquire o hábito da virtude que nos guiará as ações quando sairmos mundo afora.
Redação do Momento Espírita.
Em 26.02.2008.

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