Um compositor brasileiro teve oportunidade de se expressar quanto ao amor, dizendo que O amor é eterno enquanto dure.
É, com certeza, uma visão parcial do amor. Talvez a visão de um amor não verdadeiro. Uma tênue aparência de amor.
A
vida nos mostra exemplos inúmeros de que o amor não fenece, não se
extingue. Nem o tempo, nem as circunstâncias mais adversas o apagam.
Foi
por essa razão que Ida Brown escreveu para o editor de um jornal,
dizendo de sua fidelidade à sua coluna. E pedindo um favor.
Ela
dizia ter oitenta anos, ser viúva e se encontrar em uma casa de
repouso. Contava que, aos dezessete anos, se apaixonara por um rapaz.
Ele
era pobre e sua família recém-chegada do Leste Europeu. Ela era rica,
de família influente, quarta geração de americanos vindos da Alemanha.
Ele
tinha vinte e três anos. Amavam-se. A família de Ida, contudo, não
desejando, de forma alguma, aquele consórcio, a levara para a Europa por
quase um ano.
Quando
ela retornara, seu grande amor não estava mais na cidade. Parecia ter
desaparecido da face da Terra. Ninguém sabia para onde ele fora.
Ela
acabara por se casar, mais tarde, com um homem maravilhoso com o qual
vivera por cinquenta anos. Mas, ele morrera há um ano e agora, ela não
conseguia senão pensar no antigo amor.
Desejo encontrar Harry, é o que ela escrevia. A única pista que lhe posso fornecer é o nome dele completo e o antigo endereço.
E concluía a carta com um Aguardo com fé e ansiedade a sua resposta.
O homem, embora cheio de afazeres, se emocionou com a carta e prometeu a si mesmo ajudá-la.
Várias semanas depois, ele fez uma viagem e foi até a Casa de Repouso.
Foi ao sexto andar e falou com um cavalheiro idoso, mas elegante, com os olhos brilhando de inteligência e energia.
Depois, o tomou pelo braço e o levou até o elevador. Desceram ao terceiro andar, onde Ida estava esperando.
O
encontro foi dos mais emocionantes. Sem que soubessem, os dois estavam
morando na mesma Casa de Repouso, há cinco meses, a três andares de
distância.
Algumas semanas mais e o editor do jornal retornou à mesma Casa de Repouso.
Desta vez, para assistir ao casamento de Ida e Harry, com mais de cinquenta anos de atraso.
* * *
Você
pode pensar que esta é mais uma história ideal para um filme
hollywoodiano. Pode ser. Mas a arte imita a vida, se serve de exemplos
de amor para os imortalizar nas telas.
O amor existe. Aí estão milhares de casais a dizer que ele é verdadeiro. E nada o arrefece.
O verdadeiro amor é profundo como o mar, infinito como o céu.
Cultivemo-lo!
Redação do Momento Espírita, com base em história do livro
Pequenos milagres, v. II, de Yitta Halberstam e Judith Leventhal,
ed. Sextante e penúltima frase colhida no cap. XLIV, do livro
Depois da morte, de Léon Denis, ed. Feb.
Em 18.08.2010.
Pequenos milagres, v. II, de Yitta Halberstam e Judith Leventhal,
ed. Sextante e penúltima frase colhida no cap. XLIV, do livro
Depois da morte, de Léon Denis, ed. Feb.
Em 18.08.2010.
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