Ele
era um amante da natureza. Por este motivo, adquiriu uma grande porção
de terra, contratou jardineiros e decidiu instalar um maravilhoso
jardim.
Em
sua mente, idealizou flores em meio a lençóis de verdura e árvores
exóticas. Romântico, imaginou cores variadas em ramalhetes perfumados,
ao lado de árvores grandes e pequenas, com flores e frutos em
abundância.
Não
mediu esforços, nem recursos. Consultou entendidos de toda sorte, pois
desejava que o seu jardim se tornasse um lugar extremamente agradável,
onde as pessoas pudessem respirar ar puro, perfume e ficassem felizes
com a beleza.
Esperava
que artistas nele se inspirassem para criar obras lindíssimas e que os
poetas nele encontrassem inspiração para versos imortais.
Transcorrido o tempo, foi visitar o jardim, cogitando de como seria o dia em que pudesse ofertá-lo ao público.
Qual
não foi a sua surpresa, ao descobrir que as flores não haviam
florescido, nem as árvores frutificado. Tudo parecia dormir, como num
encantado conto de fadas.
Arbustos,
árvores e flores definhavam e pareciam morrer. Foi então que, indagando
das causas, o carvalho disse que estava morrendo porque não podia ser
tão majestoso e alto quanto o pinheiro.
Já
o pinheiro murchava porque não conseguia dar uvas como a parreira e
esta se mostrava encolhida e triste, por não poder desabrochar como a
roseira.
Todos tendiam a invejar o porte, a esbeltez, a beleza do outro ou a sua capacidade de florir ou frutificar.
Em meio a tanta lamentação, o homem descobriu, no entanto, uma planta florida e viçosa. Era o amor-perfeito, que lhe disse:
Supus
que, quando fui plantado, você queria um amor-perfeito. Se quisesse uma
pereira, um carvalho ou um pequeno arbusto os teria plantado.
Então, pensei que se não posso ser ninguém além de eu mesmo, tentarei ser o que sou da melhor maneira possível.
Crescer e florescer onde Deus nos colocou é medida de sabedoria.
Cada
um reconhecer que tem seu próprio valor e um especial papel no jardim
imenso que é a Terra que o Pai nos concedeu para nosso crescimento, é
norma de felicidade.
Descobrir
seu potencial e sentir-se feliz em realizar o que sabe, o que pode,
onde está, deve se constituir sempre motivo de alegrias.
É bom pensarmos que não existe, em todo o Universo, outra criatura igual a nós. Cada indivíduo é único.
Ninguém que tenha o nosso idêntico tom de voz, a nossa vibração, o exato ponto da nossa emoção e sensibilidade.
Ninguém
que possa fazer o que podemos e devemos fazer, porque cada um é um ser
especialmente concebido por Deus, para atuar no concerto da criação,
exalando o seu perfume, ofertando os seus frutos e felicitando as
criaturas.
* * *
Mesmo
no deserto florescem espécies de flores para atender o viajor
necessitado, demonstrando que Deus atenta para detalhes e tudo dispõe no
lugar devido.
À
semelhança das plantas do deserto, ofertemos à vida o que de melhor
tenhamos, onde nos situemos, mesmo que nos sintamos em pleno deserto de
corações que nos amem ou que se recordem de nos gratificar com sua
atenção.
Redação do Momento Espírita, com base em artigo intitulado
Amor-perfeito, publicado na Revista Seleções
Reader’s Digest, de janeiro de 1999.
Em 16.02.2009.
Amor-perfeito, publicado na Revista Seleções
Reader’s Digest, de janeiro de 1999.
Em 16.02.2009.
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