Richard Simonetti
Tito Flávio Vespasiano (9-79), fundador da dinastia Flávia,
foi um dos mais bem sucedidos imperadores romanos.
Embora tivesse reinado por pouco tempo, de 69 a 79, acabou
com as guerras civis que assolavam o império e promoveu sua unidade
interna, inaugurando um período de grande prosperidade.
Embora gracejasse com a própria ganância, estava sempre
inventando meios de ampliar a arrecadação.
É famoso o episódio em que resolveu cobrar imposto pela
utilização dos sanitários públicos.
Seu filho Tito, que mais tarde seria também imperador, o
censurou por aquele exagero.
A reação de Vespasiano ficou famosa.
Deu-lhe uma moeda para cheirar, enquanto proclamava:
Pecunia non olet – Dinheiro não tem cheiro.
Não havia odores de urina no dinheiro, ainda que viesse
dois mictórios.
Para Vespasiano dinheiro era sempre bem-vindo, não
importando a procedência.
Pode ser bom ou mau – depende do uso.
Com ele compramos remédios para a criança doente, alimento
para o faminto, agasalho para quem tem frio...
Também compramos o cigarro que provoca o câncer no pulmão,
a arma para o assalto, as drogas que comprometem a existência.
Não obstante, situando-se como móvel das ações humanas, o
dinheiro pode ser fonte de miasmas pestilentos que contaminam a alma
envolvendo:
A lista é interminável.
Mentores espirituais reportam-se a nauseabundos odores,
característicos de Espíritos que na Terra estiveram envolvidos com o mal.
A ambição e a usura são exemplares típicos. Exalam maus
odores, espiritualmente, os que se comprometem com esses desvios.
Tais contaminações, que se entranham na Alma, exige lixas
grossas, de atribulações e sofrimentos, para serem expurgadas ao longo de
muitas reencarnações.
***
Certamente, leitor amigo, os recursos financeiros de que
você dispõe fora adquiridos de forma diferente, esforço árduo e honrado.
É dinheiro limpo, com o qual você atende suas necessidades
de subsistência e busca garantir a estabilidade da família e o futuro dos
filhos.
Sua alma vem usando o banho lustral da honestidade, do
discernimento, sem prejudicar a ninguém. E quando você retornar ao mundo
Espiritual, não causará constrangimentos odoríferos aos benfeitores
espirituais.
Pode fazer ainda melhor – reverter algo de seus
rendimentos, em favor dos sofredores e aflitos de todos os matizes.
Costuma-se dizer que “quem dá aos pobres, empresta a Deus”.
É uma operação sui generis, porquanto o Senhor nos ressarce
de imediato, com bênçãos de conforto, alegria e bem-estar.
De quebra, deliciamo-nos com a incomparável flagrância que
se expande quando abrimos esse maravilhoso frasco, que contém o abençoado
perfume da caridade!
Boletim CEAC – junho /2001
Transcrição Joel e Aida
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