sábado, 29 de outubro de 2011

OBSESSÃO POR AMOR

Quando Regina e sua família começaram a frequentar nosso grupo de trabalhos, Regina me revelou estar vivendo um problema que lhe causava sérios aborrecimentos.
          Jovem cortejada, quando arrumava um namorado e marcava encontro, no momento de se aproximar do jovem, sentia-se muito mal, era acometida por um inexplicável acesso de choro, tonturas, e as vezes até ânsia de vômito.
          Quase sempre se via obrigada a romper com o compromisso. Iniciamos um trabalho de auxílio espiritual.
          Em breve tempo constatamos tratar-se de um espírito que a amava muito, e que, ao vê-la afeiçoar-se à alguém, sentia-se traído.
         Pela intensa imantação que existia entre eles e favorecido pelos laços fluídicos de afinidade, passou a se manifestar através da jovem nos permitindo conversar com esse espírito regularmente em nosso trabalho de desobsessão.
          — Eu a amo! - Dizia ele chorando.
          Suas lágrimas nos comovia.
          Inspirados pelo amigo espiritual que dirigia o nosso trabalho, dissemos à ele:
          — Meu irmão, você poderá desfrutar do afeto da nossa irmã de uma forma legítima, renascendo como seu filho.
          — Não... Assim eu não quero. Falaram-me sobre isso. Eu não quero.
          — Você deveria pensar melhor, embora não seja obrigado, esta seria a solução que acabaria com o seu sofrimento.
          — Não... Não...
          Recusava e partia chorando muito.
         Este diálogo repetiu-se por muitas vezes. Em setembro de 1987, Regina conheceu o jovem Roberto. Seu problema se agravou, mal conseguia manter contato com o rapaz. Desesperada, comunicou-nos o fato. Foi quando o plano espiritual nos informou que Roberto estava destinado a desposá-la e isso afligia o nosso irmão desencarnado que usava de todos os recursos ao seu alcance para evitar a união dos dois.
         Muitas vezes foi ao cinema com o rapaz, mas logo, sob a influência do espírito, começava a sentir-se mal, estragando o passeio.
         Em vista aos agravantes do caso, os amigos espirituais traziam o irmão para o diálogo todas as semanas.
         Muitas vezes choramos com ele. Revelava-se um espírito bom, apenas obcecado por um amor doentio pela jovem.
        Após muitas investidas no diálogo fraterno, conseguimos uma trégua, os benfeitores colaboraram submetendo-o a sonoterapia. Finalmente Regina e Roberto ficaram noivos, e no dia 17 de novembro de 1990 casaram-se.
        Porém, o problema não havia terminado, desperto, nosso irmão continuava recusando o renascimento e permanecia causando embaraços para o casal. Os diálogos continuaram, sempre num clima de muita emoção, até que, no início do ano de 1993, quando, em uma noite, durante o trabalho de desobsessão, após a prece de encerramento, uma das médiuns, viu entrar na sala um espírito na forma de criança que olhando para Regina, disse o seguinte:
         — Eu vim ver a minha mãe, diga a ela para não esquecer que o meu nome é Lucas.
        Ao ouvir o relato da médium, Regina e sua mãe começaram a chorar emocionadas. Foi uma grande prova, segundo sua mãe, quando ela era criança, conversava sempre com um amiguinho invisível e quando era surpreendida por ela nesse diálogo, sempre afirmava: o dia que eu tiver um filho, ele deverá se chamar Lucas! Realmente depois de algum tempo ficou grávida e no dia 10 de outubro de 1993, Lucas retornou para seus braços!
         Foram três anos de expectativas entre suspeitas de esterilidade e esperanças que se faziam demorar para acontecer, mas no final ficou mais uma vez provado que a vida não se compõem de acontecimentos aleatórios, mas sim, através de um projeto inteligente que visa favorecer o espírito eterno nas suas experiências físicas. Depois de Lucas, Regina recebeu mais três filhos formando dois casais. 



 NELSON MORAES
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