Quando Regina e sua família começaram a
frequentar nosso grupo de trabalhos, Regina me revelou estar vivendo um
problema que lhe causava sérios aborrecimentos.
Jovem cortejada, quando
arrumava um namorado e marcava encontro, no momento de se aproximar do
jovem, sentia-se muito mal, era acometida por um inexplicável acesso de
choro, tonturas, e as vezes até ânsia de vômito.
Quase sempre se via
obrigada a romper com o compromisso. Iniciamos um trabalho de auxílio
espiritual.
Em breve tempo
constatamos tratar-se de um espírito que a amava muito, e que, ao vê-la
afeiçoar-se à alguém, sentia-se traído.
Pela intensa imantação que
existia entre eles e favorecido pelos laços fluídicos de afinidade, passou a
se manifestar através da jovem nos permitindo conversar com esse espírito
regularmente em nosso trabalho de desobsessão.
— Eu a amo! - Dizia ele
chorando.
Suas lágrimas nos
comovia.
Inspirados pelo amigo
espiritual que dirigia o nosso trabalho, dissemos à ele:
— Meu irmão, você poderá
desfrutar do afeto da nossa irmã de uma forma legítima, renascendo como seu
filho.
— Não... Assim eu não
quero. Falaram-me sobre isso. Eu não quero.
— Você deveria pensar
melhor, embora não seja obrigado, esta seria a solução que acabaria com o
seu sofrimento.
— Não... Não...
Recusava e partia
chorando muito.
Este diálogo repetiu-se por
muitas vezes. Em setembro de 1987, Regina conheceu o jovem Roberto. Seu
problema se agravou, mal conseguia manter contato com o rapaz. Desesperada,
comunicou-nos o fato. Foi quando o plano espiritual nos informou que Roberto
estava destinado a desposá-la e isso afligia o nosso irmão desencarnado que
usava de todos os recursos ao seu alcance para evitar a união dos dois.
Muitas vezes foi ao cinema com
o rapaz, mas logo, sob a influência do espírito, começava a sentir-se mal,
estragando o passeio.
Em vista aos agravantes do
caso, os amigos espirituais traziam o irmão para o diálogo todas as semanas.
Muitas vezes choramos com ele.
Revelava-se um espírito bom, apenas obcecado por um amor doentio pela jovem.
Após muitas investidas no diálogo
fraterno, conseguimos uma trégua, os benfeitores colaboraram submetendo-o a
sonoterapia. Finalmente Regina e Roberto ficaram noivos, e no dia 17 de
novembro de 1990 casaram-se.
Porém, o problema não havia
terminado, desperto, nosso irmão continuava recusando o renascimento e
permanecia causando embaraços para o casal. Os diálogos continuaram, sempre
num clima de muita emoção, até que, no início do ano de 1993, quando, em uma
noite, durante o trabalho de desobsessão, após a prece de encerramento, uma
das médiuns, viu entrar na sala um espírito na forma de criança que olhando
para Regina, disse o seguinte:
— Eu vim ver a minha mãe, diga
a ela para não esquecer que o meu nome é Lucas.
Ao ouvir o relato da médium, Regina e
sua mãe começaram a chorar emocionadas. Foi uma grande prova, segundo sua
mãe, quando ela era criança, conversava sempre com um amiguinho invisível e
quando era surpreendida por ela nesse diálogo, sempre afirmava: o dia que eu
tiver um filho, ele deverá se chamar Lucas! Realmente depois de algum tempo
ficou grávida e no dia 10 de outubro de 1993, Lucas retornou para seus
braços!
Foram três anos de expectativas
entre suspeitas de esterilidade e esperanças que se faziam demorar para
acontecer, mas no final ficou mais uma vez provado que a vida não se compõem
de acontecimentos aleatórios, mas sim, através de um projeto inteligente que
visa favorecer o espírito eterno nas suas experiências físicas. Depois de
Lucas, Regina recebeu mais três filhos formando dois casais.
NELSON MORAES
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