É inegável que a História do Cristianismo confunde-se em muito com a da civilização ocidental.
É impossível rememorar esses dois mil anos passados, sem percorrer acontecimentos do Cristianismo.
Afinal, é o próprio Cristo quem divide a contagem do tempo, em antes e depois de Sua vinda.
E
é de tal forma contundente Sua vinda e Sua passagem entre nós, é de tal
força a Sua mensagem, que Ele não apenas conseguiu dividir o calendário
terreno, mas dividiu também a vida de muitos, em antes e depois do
encontro que tiveram com Ele.
Pedro
foi capaz de largar suas redes para se tornar pescador de almas, como
Jesus lhe propôs. Mateus, coletor de impostos, voltou as costas ao mundo
para contabilizar as riquezas celestes.
Outros, encontraram-nO na intimidade da visão psíquica, com os olhos da alma, como Saulo de Tarso, na estrada de Damasco.
Após o encontro com Jesus, entregou-se à Sua causa, não olhando para trás, para sua vida antes dEle.
Francisco,
da bucólica Assis, conquistou o mundo tornando-se o irmão menor de
todos. Teresa de Jesus, em Ávila, ganhou as estradas a fim de fundar
casas de assistência em nome dEle.
Juana Inés de La Cruz, no México, abandonou seus estudos, a imensa biblioteca, para atender aos pobres e miseráveis, em nome do amor a Jesus.
Teresa de Calcutá, na Índia, ergueu mais de quatrocentas casas, em nome da causa de Jesus, em nome do amor ao próximo.
O
musicista Albert Schweitzer abandonou sua carreira musical e de orador
religioso, tornando-se médico, partindo para a África Equatorial
Francesa, a fim de vivenciar o amor, junto aos irmãos esquecidos.
Chico
Xavier, da singela Pedro Leopoldo, foi capaz de reestruturar vidas e
ensinar a seguir Jesus, na proposta de amar ao próximo.
Sem dúvida, todos esses, e tantos mais, entregaram-se e entregaram suas vidas à proposta do Cristo.
Após
encontrá-lO, já não mais pensaram em si, não mais tiveram preocupação
consigo, mas, plenos do mais sublime amor, viveram a Sua mensagem.
* * *
É
bem verdade que não temos ainda os recursos emocionais e a grandeza
moral desses que fazem de sua vida um hino de louvor a Deus.
Porém, nada impede que possamos, aos poucos, iniciar nosso caminho nessa direção.
Todas as vezes que deixarmos de pensar em nós e pensarmos no próximo;
Quando
usarmos da humildade, da benevolência, da compreensão, ao invés da
arrogância, da crítica e da prepotência, estaremos dando os primeiros
passos nesse rumo.
Começando assim, dia virá em que, à semelhança de Paulo de Tarso, também perceberemos que Cristo vive em nós, pois estaremos vivendo em abundância o amor que rege todo o Universo.
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