quarta-feira, 16 de novembro de 2011

RIDÍCULO SILÊNCIO

Há muitas espécies de provação para a dignidade pessoal e
numerosos gêneros de defesa.

Há feridas que atingem a honorabilidade de família, golpes que vibram sobre a
realização individual, calúnias que envolvem o nome, acusações gratuítas, comentários
desairosos à reputação, análises mentirosas de situações respeitáveis e escândalos do
ridículo.
Na maioria das experiências dessa natureza, o ruído é justo e a retificação
adequada.
Nas contrariedades familiares, é fácil estabelecer programas novos e corrigir
normas de conduta.
Na perseguição ao trabalho honroso, basta recorrer aos frutos substanciosos e
ricos da obra realizada.
Na calúnia, socorre-se o homem reto do esclarecimento natural.
Na acusações gratuítas, a verdade simples responde pelos acusados aos
perseguidores cruéis.
Nos falatórios da rua, a realidade modifica a opinião popular.
No jogo das aparências, com que se procura envenenar as situações dignas, não
é difícil demonstrar a nobreza dos fatos, focalizando outros prismas.
Para isso, há um exercício de servidores da justiça do mundo que, com rapidez
ou lentidão, atende a reclamações e mobiliza providências compatíveis com os
acontecimentos mais estranhos.
Mas, autoridade alguma da Terra garante facilidades à defesa contra os
escândalos do ridículo. Para suportar, dignamente, esse gênero de provação somente
Jesus oferece o padrão necessário. A reação não serve, o protesto complica, transformase
a reclamação em escândalo novo, converte-se o rumor em incêndio de conseqüências
imprevisíveis. A criatura bem intencionada, sob a perseguição do ridículo, não tem outro
recurso senão recordar o Cristo, incumpreendido pelas autoridades de seu tempo,
ironizado pelos ignorantes e injuriados pela multidão, compreendendo que todo homem
responderá pelos seus atos a Deus, no tribunal do foro íntimo, e que a mais alta defesa
contra o sarcasmo do mundo é o silêncio da perfeita confiança no Divino Poder.

Emmanuel

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