Você se considera um bom membro da comunidade em que vive?
Talvez, sem um exame mais detido, muitos de nós respondêssemos que sim, que desempenhamos bem o papel que nos cabe.
Todavia, os fatos denunciam que grande parte dos cidadãos não colabora de forma satisfatória na sociedade da qual faz parte.
Se
todos tivéssemos espírito comunitário jamais seria necessário, por
exemplo, fazer apelos para que se economize água, energia elétrica ou
outro bem qualquer.
Todos
usaríamos os bens comuns com moderação e bom senso, pois se é verdade
que no bairro ou na cidade em que vivemos não faltam esses recursos, em
muitos lugares do país eles são escassos.
Dia desses, assistindo ao telejornal, percebemos uma cena que nos comoveu.
Eram
as comunidades do Nordeste do país se organizando e se unindo para
vencer a fome que por lá impera, devido à seca prolongada.
A
solidariedade era a palavra de ordem. Os moradores das várias
comunidades se uniram para, juntos, fazer o que isoladamente ninguém
conseguiria realizar.
Numa casinha singela a dona da casa exibia a mesa farta, onde, tempos antes, a fome grassava, impiedosa.
Com
carinho servia a filharada, mas as lágrimas no rosto denunciavam a
compaixão pelas outras mães, em cujo lar ainda coabitam a fome e a
miséria.
Aquela senhora, magra, simples e de grandeza moral indiscutível, pensava nos outros...
Lamentava que outros filhos de Deus estivessem passando pelo que ela mesma havia passado e isso lhe causava pesar.
Talvez
aqueles que não experimentaram infortúnios como esses não consigam
avaliar suas dimensões. Quem jamais passou fome, talvez não saiba
aquilatar o que isso significa, pois o máximo que sentimos é o apetite
exacerbado, que logo satisfazemos. Mas, fome, não.
Diante
dessa realidade, não entendemos como pode haver pessoas que preferem
queimar seus estoques de alimentos a vendê-los a preços baixos, o que,
segundo eles, prejudicaria o mercado.
E, enquanto isso, criancinhas morrem de fome ou disputam o alimento com os animais.
Observando
esses quadros tristes por que passam nossos semelhantes, nossa
consciência nos adverte que não temos o direito de desperdiçar nada, sob
pena de sofrermos privações mais tarde.
Mesmo que tenhamos a impressão de que nada temos a ver com tudo isso, não poderemos esquecer a recomendação do Cristo: Fazer aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem.
* * *
Desprezar
a fraternidade de uns para com os outros, mantendo a flama do
conhecimento superior, será o mesmo que encarcerar a lâmpada acesa numa
torre admirável, relegando à sombra os que padecem, desesperados, ou que
se imobilizam, inermes, em derredor.
Redação do Momento Espírita com pensamento extraído do verbete Fraternidade,
do livro Dicionário da alma, por Espíritos diversos, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 17.12.2009.
do livro Dicionário da alma, por Espíritos diversos, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 17.12.2009.
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