terça-feira, 27 de dezembro de 2011

SERVIR E MARCHAR

"Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos
desconjuntados." - Paulo. (HEBREUS, I 12:12.)




Se é difícil a produção de fruto sadio na lavoura comum, para que
não falte o pão do corpo aos celeiros do mundo, é quase sacrificial o
serviço de aquisição dos valores espirituais que significam o alimento
vivo e Imperecível da alma.
Planta-se a semente da boa-vontade, mas obstáculos mil lhe
prejudicam a germinação e o crescimento.
É a aluvião de futilidades da vida inferior.
A invasão de vermes simbolizados nos aborrecimentos de toda sorte.
A lama da inveja e do despeito.
As trovoadas da incompreensão.
Os granizos da maldade.
Os detritos da calúnia.
A canícula da responsabilidade.
O frio da indiferença.
A secura do desentendimento.
O escalracho da ignorância.
As nuvens de preocupações.
A poeira do desencanto.
Todas as forças imponderáveis da experiência humana como que se
conjugam contra aquele que deseja avançar no roteiro do bem.
Enquanto não alcançarmos a herança divina a que somos destinados,
qualquer descida é sempre fácil...
A elevação, porém, é obra de suor, persistência e sacrifício.
Não recues diante da luta, se realmente já podes interessar o coração
nos climas superiores da vida.
Não obstante defrontado por toda a espécie de dificuldades, segue
para a frente, oferecendo ao serviço da perfeição quanto possuas de
nobre, belo e útil.
Recorda o conselho de Paulo e não te imobilizes.
Movimenta as mãos cansadas para o trabalho e ergue os joelhos
desconjuntados, na certeza de que para a obtenção da melhor parte
da vida é preciso servir e marchar, incessantemente.

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