Está
se tornando comum as pessoas reagirem com violência ao mal que lhes
acontece, ou àquilo que está em desacordo com os seus desejos.
Exatamente
como a criança indisciplinada reage, gritando, jogando coisas quando
suas vontades não são atendidas, as pessoas estão se permitindo agredir,
revidar.
Quando
o trânsito está lento há os que xingam a administração pública que não
planeja vias melhores para o escoamento rápido dos veículos.
Se
a loja informa que o artigo em oferta acabou, há os que se acham no
direito de agredir os funcionários, acusando-os de propaganda enganosa.
Se o caixa se engana no troco, logo se afirma que ele é um indivíduo desonesto, desejando engordar o próprio salário.
Se
a empregada pede para sair um pouco mais cedo, dizendo que deve levar o
filho ao médico, logo alguém diz que ela não deseja trabalhar, que está
inventando mentiras.
Se alguém esbarra em outra pessoa na rua, de imediato gritam alguns que o sujeito é mal educado, malcriado. Um abuso!
Em
síntese, estamos vivendo uma época de muita agressividade. E nos
queixamos da violência que toma conta das ruas, sem atentarmos que nós
mesmos, muitas vezes, também agimos com violência.
Talvez por isso, um grande militar, desejando se espiritualizar, escolheu um sábio religioso e lhe perguntou:
Onde começa o inferno?
O pensador experiente meditou e falou: Por
que um homem sem escrúpulos deseja saber onde começa o inferno? Cheio
de armas destruidoras de vida, acerca-se de mim para perguntas tolas. O
que espera que lhe diga, eu, que sou um homem de paz e justiça?
Antes que continuasse, o militar o interrompeu, levantando a espada e exigindo, cheio de raiva, que o sábio o respeitasse.
Sem qualquer receio, o homem velho esclareceu:
Aqui começa o inferno: na raiva descontrolada.
O oficial compreendeu e, num gesto rápido, tornou a colocar na bainha a espada, pedindo desculpas.
O sábio então o esclareceu: Homem, neste seu gesto começa o céu.
* * *
A
raiva pode ser comparada a uma faísca portadora do poder de atear
grandes incêndios. Basta uma palavra mal pensada, um gesto imprevisto
para a gerar.
Quando solta, desencadeia conflitos inúteis e destruidores.
O homem que alimenta a raiva e se deixa dominar por ela, se torna bruto e violento.
Os
antídotos para a raiva são a humildade que leva o indivíduo a
reconhecer a própria fragilidade; a paciência, que lhe permite
acompanhar o desenvolvimento da questão; a tolerância que entende a
dificuldade alheia; enfim, o amor que é abençoada luz em todas as
circunstâncias.
Redação do Momento Espírita,com base no cap. 6, do livro Perfis
da vida, pelo Espírito Guaracy Paraná Vieira, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 24.03.2012.
da vida, pelo Espírito Guaracy Paraná Vieira, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 24.03.2012.
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