“Depois que fostes iluminados, suportastes grande combate de aflições.” – Paulo. (Hebreus, 10:32.)
Os cultivadores da fé sincera costumam ser indicados, no mundo, à conta de grandes sofredores.
Há mesmo quem afirme afastar-se deliberadamente dos círcu-los religiosos, temendo o contágio de padecimentos espirituais.
Os ímpios, os ignorantes e os fúteis exibem-se, espetacular-mente, na vida comum, através de traços bizarros da fantasia exterior; todavia, quando se abeiram das verdades celestes, antes de adquirirem acesso às alegrias permanentes da espiritualidade superior, atravessam grandes túneis de tristeza, abatimento e taciturnidade. O fenômeno, entretanto, é natural, porquanto haverá sempre ponderação após a loucura e remorso depois do desregramento.
O problema, contudo, abrange mais vasto círculo de esclare-cimentos.
A misericórdia que se manifesta na Justiça de Deus transcen-de à compreensão humana.
O Pai confere aos filhos ignorantes e transviados o direito às experiências mais fortes somente depois de serem iluminados. Só após aprenderem a ver com o espírito eterno é que a vida lhes oferece valores diferentes. Nascer-lhes-á nos corações, daí em diante, a força indispensável ao triunfo no grande combate das aflições.
Os frívolos e oportunistas, não obstante as aparências, são habitualmente almas frágeis, quais galhos secos que se quebram ao primeiro golpe da ventania. Os espíritos nobres, que suportam as tormentas do caminho terrestre, sabem disto.
Só a luz espiritual garante o êxito nas provações.
Ninguém concede a responsabilidade de um barco, cheio de preocupações e perigos, a simples crianças
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