domingo, 18 de março de 2012

A NECESSIDADE DA EDUCAÇÃO

No tempo em que não existia a locomoção fácil na Terra, um grande rei
simpatizou com fogoso cavalo de cores claras, da criação de sua casa; mas, ao
desejá-lo para os serviços do palácio, foi assim informado pelo chefe das
cavalariças:
— Majestade, este animal é vitima de muitas tentações. Basta que se
movimente, de leve, para assustar-se e ocasionar desastres. Uma simples folha
seca na estrada é razão para inúmeros coices.
O rei ouviu, atencioso, e afirmou que remediaria a situação.
No dia seguinte, mandou atrelá-lo a enorme carroça de limpeza, onde o
cavalo se viu tão preso que não pôde fazer outros movimentos, além dos
necessários.
Depois de algumas semanas, o monarca determinou fizesse ele o duro
serviço dos burros, transportando cargas pesadíssimas.
A princípio, o animal se rebelava, escouceando o ar e relinchando fortemente;
entretanto, foi tantas vezes visitado pelos gritos e pelos chicotes dos
peões e tantos fardos suportou que, ao fim de algum tempo, era um modelo de
mansidão e brandura, sendo colocado no serviço real, com grande
contentamento para o soberano.
Assim acontece conosco, na vida.
Destinados ao trabalho da Vontade de Deus, se vivemos entregues às
tentações do mal, desobedientes e egoístas, determina o Senhor que sejamos
confiados à luta e à provação, à dificuldade e ao sofrimento, os quais, pouco a
pouco, nos ensinam a humildade e o respeito, a diligência e a doçura.
Depois de passarmos pelos variados processos de educação
indispensável ao nosso burilamento, seremos então aproveitados, com êxito e
segurança, nos serviços gerais da Bondade de Deus, junto de nossos irmãos.

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