Marina
procurou o serviço assistencial de uma instituição religiosa. Inscrita,
após a entrevista, começou a se beneficiar da cesta básica, do lanche
todos os sábados para si e para os filhos.
O
carinho dos trabalhadores da instituição a comovia. Jamais, em toda sua
vida, fora tão bem tratada. Chamavam-na pelo nome, sempre, desde o
primeiro dia. Tomaram conhecimento das suas necessidades mais prementes e
passaram a auxiliá-la.
Os filhos estavam na escola, mas recebiam reforço escolar daquelas pessoas dedicadas.
Frequentando
as palestras, principiou a se interessar pelas lições do Evangelho.
Lições que ela ouvira em criança, de forma rápida, mas que não dera
muita importância.
Contudo,
ali, naquele grupo, os ensinos eram trazidos de uma forma tão doce e
prática que ela começou a incorporá-los à sua vida.
Passou-se
um tempo. Certo dia, a vizinha Laura a procurou no exato momento em que
ela e os filhos se preparavam para se dirigir à instituição religiosa.
Gostaria de ir junto com você, nesse lugar que você vai, todo sábado, falou ela.
Marina se mostrou surpresa. Por quê?, perguntou. Acho
que você não está precisando de serviço assistencial. Seu marido e seus
dois filhos trabalham, sua casa está bem arrumadinha. É uma das
melhores da vila. Por que quer ir lá?
Eu não quero ganhar nada, explicou Laura. É
que estou muito curiosa. Depois que você começou a frequentar esse
lugar, mudou muito. Para melhor, é claro. Antes, você era uma vizinha
que nem cumprimentava, quando passava. Hoje, passa, sorri e cumprimenta.
Antes,
eu costumava ouvir muitos gritos vindos da sua casa. Você brigava com
os seus filhos. E sei também, só de olhar de longe, que você nem cuidava
direito da casa. A roupa era mal lavada. Você me desculpe lhe dizer
todas essas coisas, mas eu reparava.
Agora,
você cuida direitinho de sua casa, não grita mais com os meninos. Está
mais calma, serena. Se o que você ouve naquele lugar conseguiu modificar
você, eu também quero ir lá, para aprender e me modificar também. Você
me leva?
Naquele dia, a instituição recebeu mais uma senhora ansiosa por aprender as lições do Evangelho de Jesus.
* * *
Aproveitemos cada oportunidade para agir de forma elevada.
Existem
pessoas que esperam momentos extraordinários e ocasiões especiais para
mostrarem a sua bondade e elevação. É possível que eles nunca cheguem.
Lembremos
que não será o que façamos que nos tornará grandes e importantes,
porém, como façamos cada coisa que nos transformará em criaturas
valiosas.
Tornemo-nos, pois, grandes nas pequeninas coisas, cientes de que somos sempre exemplo vivo onde nos situemos e nosso exemplo, bom ou mau, arrastará muitos para o mesmo caminho.
mães do Centro Espírita Ildefonso Correia, em Curitiba (PR) e com
pensamentos finais do cap. XIV do livro Vida feliz, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
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