terça-feira, 22 de maio de 2012

COMUNICAÇÕES DE ESPÍRITOS E MATERIALIZAÇÃO NA BÍBLIA


O ministério dos anjos, esse ministério divino, a que o apóstolo
Paulo se referiu tantas vezes, é exercido através da mediunidade. A própria
Bíblia nos relata uma infinidade de comunicações mediúnicas. Veja­se, por
exemplo, as palavras do rei Samuel, em Provérbios, 31:1­9, que, segundo o
texto bíblico, são "a profecia com que lhe ensinou sua mãe". Temos ali uma
comunicação espírita integralmente reproduzida na Bíblia. A  mãe do rei
Samuel) não em forma de anjo, mas na sua própria forma humana) aparece
ao Rei e lhe dita a mensagem.
A  Bíblia condenou essa comunicação? Não. Pelo contrário,
aprovou­a e transcreveu­a. Em Números l 1:23­25, temos a descrição de
dois fatos mediúnicos valiosos.
Primeiro, o Senhor fala a Moisés. Depois, Moisés reúne os setenta
anciãos, formando uma roda, e o Senhor  se manifesta materialmente,
descendo numa nuvem. Temos a comunicação pessoal de Jeová a Moisés,
e a seguir  o fenômeno evidente de materialização de Jeová, através da
mediunidade dos anciãos, reunidos  para isso na tenda. A  nuvem é a
formação de ectoplasma na qual o espírito se corporifica.
Só os  que não conhecem os fenômenos espíritas podem aceitar
que ali se deu um milagre, um fato sobrenatural. E podem aceitar, também,
a manifestação do próprio Deus. Longe disso. Jeová era o espírito protetor
de Israel, que se apresentava como Deus, porque a mentalidade dos povos
do tempo era mitológica, e os espíritos eram considerados deuses. O
filósofo Tales de Mileto já dizia, na Grécia, cinco séculos antes de Cristo: "O
mundo é cheio de deuses". Os espíritos elevados eram  considerados
deuses  benéficos, e os espíritos  inferiores eram deuses maléficos. Daí a
invenção do Diabo, como concorrente de Deus no domínio do mundo e das
almas.

Deuses, anjos e demônios, da Bíblia, dos Vedas, do Alcorão, de
todos os livros  sagrados, nada mais são do que espíritos. Como podem
essas criaturas condenar  o Espiritismo? Elas são a prova tradicional da
verdade espírita, ao longo da História, como ensina Kardec. O que Moisés
condenou foi apenas o abuso da mediunidade. Isso, o Espiritismo também
condena.

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