Quais
são as maiores preocupações a consumir nossos dias e nossas energias?
Com que assuntos ocupamos nosso tempo e nossas capacidades a fim de
resolvê-los?
Se
fizermos uma contabilidade das horas, dos dias, veremos que um bom
tanto, se não a totalidade de nosso tempo, é dedicado para as coisas do
mundo.
Estamos sempre preocupados com as contas a pagar, com o emprego, com as ocupações profissionais.
Quando
não isso, estamos envolvidos nas preocupações da manutenção do lar, em
melhorar nossa capacitação profissional, em gerenciar as atividades
familiares.
Ocupamos
o tempo com a formação intelectual dos filhos, as necessidades diárias,
a organização da agenda pessoal e os compromissos mais diversos.
Ora,
a preocupação está no orçamento doméstico, de outra feita na
programação das férias e dos momentos de lazer, para em um momento
seguinte a atenção se voltar aos cuidados com o corpo, a saúde e a
alimentação.
É natural que seja assim, pois são todos esses compromissos e necessidades inerentes à vida aqui na Terra.
São
essas responsabilidades que vão forjando em nosso caráter a noção de
dever, a disciplina, conquistas que a alma carregará para sempre
consigo.
Porém,
nada obstante todas essas questões e esse imenso mar de atividades em
que nos encontramos imersos, não podemos esquecer nossa verdadeira
natureza.
Somos Espíritos imortais, navegando na mortalidade, em uma experiência física, com prazo determinado.
Logo
mais retornaremos à pátria espiritual e todas essas preocupações, hoje
tão intensas, não mais serão relevantes ou significativas.
Dessa forma, é importante que vivamos nas lides terrenas, porém jamais esquecendo nossa Natureza Espiritual.
Se
somos seres imortais, é necessário, imprescindível mesmo, que
utilizemos algumas horas de nossa semana investindo em nossa
Imortalidade, em nossa alma.
Afinal,
quantas horas por semana nos dedicamos a meditar, refletindo a respeito
dos nossos atos e valores, sobre aquilo que se passa em nosso coração?
Quanto tempo, em nosso dia, dedicamos para a oração, para nosso vínculo com Deus?
Quanto
de nosso tempo é utilizado para fomentar, provocar e desenvolver
valores nobres, como a caridade para com o próximo, a solidariedade e a
amizade?
Todas as nossas necessidades diárias não podem pesar em nosso cotidiano a ponto de nos fazer esquecer quem efetivamente somos.
Mesmo
que tudo pareça convergir para esse mundo de externalidade, de
necessidades físicas e materiais, é necessário que recordemos
diariamente da nossa verdadeira natureza.
Assim agindo, não seremos daqueles que, esquecendo de cuidar das coisas da alma, a deixamos imergir em profundas distonias.
Tenhamos sempre em mente que somos muito mais do que aquilo que conseguimos ver refletido no espelho.
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