domingo, 19 de agosto de 2012

REVELAÇÃO E CIÊNCIA

O homem poderá pelas investigações da ciência penetrar
alguns segredos da natureza?
- A ciência lhe foi dada para o seu adiantamento em todos os sentidos, mas ela
não pode ultrapassar os limites fixados por Deus.
(“O livro dos Espíritos”, questão nº10)

Sob a Terra, o homem vive em condições limitadas – Falta-lhe
ainda longo percurso para que, inclusive, utilize melhor a sua
condição cerebral.
O aperfeiçoamento do seu veículo de manifestação – O corpo
físico – Não lhe antecipará o aperfeiçoamento da personalidade.
Embora aparentemente adiante, o progresso tecnológico
permanece atrelado às luzes do espírito. Caso assim não fosse o
Homem já teria pelos artefatos bélicos, destruído a Terra um cem
número de vezes.
A procura da verdade é que induz o homem a caminhar; as suas
aflitivas inquirições concernentes à vida é o que o impulsiona na
caminhada, ambicionando a luz...
Não é tarefa da religião substituir o uso da ciência: Religião
induz a intuir, mas cabe à ciência definir... O místico, em êxtase,
aponta caminhos, no entanto o cientista deverá delineá-los...
Enquanto o homem não se pacificar, exercitando na tarefa da
introspecção, não terá os olhos para a verdade exterior. Desde que o
mundo é mundo a lei da gravitação é uma lei atraindo os corpos
para o centro gravitacional da Terra, todavia, num dado instante,
Isaac Newton a surpreendeu e a formulou teoricamente...
Nada está oculto; tudo salta aos olhos e à percepção de quem se
predispõe a sair do lugar comum e rastrear, propriamente a
verdade, a qual se espalha, homogênea, por todo o universo, como
se espalha as águas dos oceanos.
Os grandes investigadores – aqueles que descortinaram caminhos
à ciência, eram, sobretudo, místicos, - os filósofos pré-socráticos,
Pitágoras, Platão...
Infelizmente, na atualidade, a vida imediatista do homem não
lhe permite desviar os olhos das lentes de um microscópio para
dentro de si, onde a luz da sabedoria Divina se reflete.
Recomendou o Cristo que, em primeiro lugar, procurássemos o
reino de Deus e sua justiça, que as demais coisas nos seriam dadas
por acréscimo. Entendamos acréscimo por conseqüência natural...
A evolução obedece a um encadeamento – escala em espiral que
nos compete escalar em todos os estágios.
Cogitemos da nossa própria verdade interior, conhecendo-nos
com maior segurança, e, com certeza, a Verdade última sobre todas
as coisas não nos parecerá assim tão distante.
Sobretudo, para as revelações de caráter mais transcendente,
saibamos que o vocabulário humano ainda é demasiadamente
pobre. Não existirão, por longo e longo tempo, em todos os idiomas,
termos que exprimem com clareza o que se passa nos domínios da
intuição e do sentimento.
Se sequer possuímos palavras suficientes para com as quais
possamos nos entender acerca da verdade, como, por agora,
cogitarmos de unidade de pensamento.


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