domingo, 28 de outubro de 2012

DEVER E CARIDADE

Partilhar o conteúdo de nossa bolsa com o irmão necessitado é dever, mas
dar-lhe trabalho digno, sem afetação de superioridade e sem exigência, para que
ele se faça um servidor da vida tão digno quanto nós é caridade.
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Dar o pano o que sobra em nosso guarda-roupa é dever, mas vestir o
próximo de novas idéias, através dos nossos bons exemplos é caridade.
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Praticar a generosidade com os nossos amigos e afeiçoados é dever, mas
exercer a gentileza e a tolerância com os adversários de nossos pontos de vista é
caridade.
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Ceder o pão que excede em nossa mesa é dever, mas fazer de nossa
existência um estimulo incessante ao bem para quantos nos rodeiam é caridade.
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Praticar a benemerência e a delicadeza, por intermédio de mensageiros da
nossa amizade aos nossos irmãos que necessitam e sofrem é dever, mas, seguir
ao encontro dos nossos companheiros de luta, com o nosso esforço pessoal na
plantação da alegria ou do reconforto é caridade.
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Criar planos de serviço para quem nos acompanha no roteiro de cada dia
é dever, mas, trabalhar nós mesmos com o nosso suor e com as nossas mãos é
caridade.
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Não nos contentemos com o ensinar o bem.
Isso é simples obrigação de nossa inteligência.
Façamos o bem cada instante e em cada passo de nosso caminho, porque,
desse modo, estaremos realmente assinalados como discípulos do Benfeitor
Divino que, por devotar-se à caridade, foi sentenciado à flagelação e à cruz, nas
quais consagrou o amor como norma de felicidade e ressurreição para a
Humanidade inteira.

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