sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Executar bem

“E ele lhes disse: — Não peçais mais do que o que vos
está ordenado.”
J oão Batista (Lucas, 3:13)

 A advertência de João Batista à massa inquieta é dos avisos mais preciosos
do Evangelho.
A ansiedade é inimiga do trabalho frutuoso. A precipitação determina
desordens e recapitulações conseqüentes.
Toda atividade edificante reclama entendimento.
A palavra do Precursor não visa anular a iniciativa ou diminuir a
responsabilidade, mas recomenda espírito de precisão e execução nos compromissos
assumidos.
As realizações prematuras ocasionam grandes desperdícios de energia e
atritos inúteis.
Nos círculos evangélicos da atualidade, o conselho de João Batista deve ser
especialmente lembrado.
Quantos pedem novas mensagens espirituais, sem haver atendido a
sagradas recomendações das mensagens velhas? Quantos aprendizes aflitos por
transmitir a verdade ao povo, sem haver cumprido ainda a menor parcela de
responsabilidade para com o lar que formaram no mundo? Exigem revelações,
emoções e novidades, esquecidos de que também existem deveres inalienáveis
desafiando o espírito eterno.
O programa individual de trabalho da alma, no aprimoramento de si
mesma, na condição de encarnada ou desencarnada, é lei soberana.
Inútil enganar o homem a si mesmo com belas palavras, sem lhes aderir
intimamente, ou recolherse
à proteção de terceiros, na esfera da carne ou nos
círculos espirituais que lhe são próximos.
De qualquer modo, haverá na experiência de cada um de nós a ordenação
do Criador e o serviço da criatura.
Não basta multiplicar as promessas ou pedir variadas tarefas ao mesmo
tempo. Antes de tudo, é indispensável receber a ordenação do Senhor, cada dia, e
executála
do melhor modo.

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