A poetisa Cora Coralina desencarnou no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, aos noventa e seis anos.
Quando idosa, perguntaram-lhe em uma entrevista, o que era viver bem.
Ela respondeu à repórter:
Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo a você: Não pense.
Nunca diga: Estou envelhecendo, estou ficando velha. Eu não digo que estou velha e nem que estou ouvindo pouco.
É claro que, quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos. Isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos. Isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
O
melhor roteiro é ler e praticar o que se lê. O bom é produzir sempre e
não dormir de dia. Também não diga para você mesma que está ficando
esquecida porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, falo sempre: Estou ótima!
Não digo nunca que estou cansada. Nada de palavra negativa.
Quanto
mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica.
Você vai se convencendo daquilo e convence os outros. Então, silêncio!
Sei
que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado e que trago
comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não. Você acha que
eu sou?
Posso
dizer que eu sou a terra e nada mais quero ser. Filha dessa abençoada
terra de Goiás. Convoco os velhos como eu, ou mais velhos que eu, para
exercerem seus direitos.
Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.
Tenho
consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha
própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e
morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina
os fortes.
O
importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e
amizade. Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.
Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor.
Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende.
Mesmo
quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir
ou ficar, desistir ou lutar. Porque descobri, no caminho incerto da
vida, que o mais importante é o decidir.
* * *
Mantenhamos
sempre a mente ligada às ideias positivas e otimistas, independente da
idade que estejamos atravessando nesta hora de nossas vidas.
O
que pensamos, com insistência, poderá se concretizar em algum momento,
pois os fatos se corporificam inicialmente no campo mental, para depois
se tornarem realidade no corpo físico.
Pensamento é força viva, que cada qual dirige de acordo com seus desejos. O pensamento ruim intoxica a alma.
Independente
de todas as limitações e dificuldades que a idade nos impõe, cultivemos
sempre a alegria de viver e procuremos motivação para nos sentirmos
úteis.
Enquanto a vida se expressar, haverá inúmeras oportunidades de crescer e ser feliz.
Redação do Momento Espírita, com base em entrevista de
Cora Coralina, colhida na Internet.
Cora Coralina, colhida na Internet.
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