quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CONVITE À FELICIDADE

“O meu reino não é deste mundo.”
(João: capítulo 18º, versículo 36.
Desnecessária a fortuna a fim de frui-la.
Secundária a juventude de modo a gozá-la.
Dispensável o poder para experimentá-la.
A felicidade independe dos valores externos, sempre transitórios, sem
maior significação, além daquela que se lhes atribuem
Quando na velhice, o homem repassa as evocações, os sucessos e
lamenta a juventude vencida.
Na enfermidade, considera os tesouros da saúde
e sofre-lhe a ausência.
Diante da constrição da pobreza lembra as dádivas das moedas e
experimenta amargura por não as possuir.
Sob condições de dependência, padece não ser forte no mundo dos
negócios ou da política, deixando-se afligir desnecessariamente.
Acicatado por problemas morais, angustia-se ao verificar o júbilo alheio
daqueles que transitam guindados a situações de destaque ou exibindo
sorrisos de tranqüilidade.
Isto por ignorar o testemunho de aflição que cada um deve doar no
panorama da evolução inadiável, de que ninguém se pode eximir.
Felicidade é construção demorada, que se realiza interiormente a tributo de
laboriosa ação sacrificial.
Sem características externas, a seu turno, quando invade o ser,
exterioriza-se qual luz brilhante aprisionada em redoma de delicado cristal...
Mesmo quando o homem consegue adicionar a juventude, o poder, a
fortuna e a saúde aparente a felicidade não está implicitamente com ele.
Por essa razão, lecionou Jesus que o Seu Reino não é deste mundo, como
a corroborar que a felicidade não pode ser encontrada na Terra, por ser ainda
o Orbe o domicílio expiatório e de provações onde todos forjamos a felicidade
real, que virá só futuramente.
Realiza o teu quinhão de dever com devotamento e faze sempre o melhor
a fim de que o aplauso da consciência tranqüila te conduza ao pórtico da felicidade
real.
Não te exasperes face à desdita aparente. Nem te apegues ao júbilo
momentâneo também ilusório.
De tudo e todos os estados retira o proveito da aprendizagem e, assim
fazendo, a pouco e pouco perceberás que a felicidade é conseqüência da autoiluminação
libertadora, como decorrência do amor exercido em plenitude
fraternal.

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