terça-feira, 13 de novembro de 2012

LEI DE COMPENSAÇÃO

Mas as vítimas desses flagelos, apesar disso não são vítimas?
- Se se considerasse a vida por aquilo que ela é e quanto insignificante em
relação ao infinito, menos importância se lhe atribuiria. Estas vítimas terão
numa outra existência a compensação para os seus sofrimentos, se souber
superá-lo sem murmurar.
(“O Livro dos Espíritos”, questão nº 738-b)



Evidentemente que, quando um flagelo destruidor se abate sobre a
humanidade – uma guerra, por exemplo, ou uma epidemia –
Muitos tombam, sem que consigam evitar as imediatas
conseqüências, sem que, no entanto, na maioria das vezes, conforme
consideramos alhures, tal acontecimento esteja detalhadamente
previsto em sua programação cármica.
Questões de transcendência que exigirá de nós outros, para sua
melhor compreensão, olhar as coisas de mais alto – Ainda que sem a
noção de pluralidade das existências não encontraremos explicação
plausível, para os que, por exemplo, sucumbam ou sejam poupados,
á derradeira hora no naufrágio de uma navio ou na queda de um
avião; será que todos sem exceção haveriam ali se reunido com
semelhante finalidade? Que mão invisível os terá tangido na vida,
para que se agrupassem na morte?
A morte física diante dos prodígios da imortalidade, não significa
na trajetória do espírito mais do que um tropeço...
Desde que não a procure de maneira voluntária, atentando
contra a vida, desvinculação física em qualquer circunstância e em
qualquer tempo lhe é somatório de experiência. Mesmo quando
tenha sobrevivido poucas horas ou poucos dias no campo das formas
perecíveis, o tentame não lhe será de todo inútil – nem para o
espírito que de certo modo, se frustra em suas expectativas e nem
para aqueles que lhe compartilham os anseios que não se
concretizaram.
Na Vida Maior, quando tem oportunidade de rever atitudes e
examinar o caminho até então percorrido o espírito se inclina aos
sábios desígnios da providência e não se revolta quanto se revoltam
os homens que possuem estreita visão das coisas.
Respondendo à questão 741 de “O livro dos Espíritos”, os mentores
da codificação escreveram: “... Entre os males que afligem a
humanidade há os que são de natureza geral, e pertencem aos
desígnios da Providência. Destes cada indivíduo recebe, em menor
ou maior proporção, a parte que lhe cabe, não lhe sendo possível
opor nada mais que a resignação à vontade de Deus. Mas ainda
esses males são geralmente agravados pela indolência do homem”.
As colocações acima nos levam a depreender que, a par do
chamado carma individual, se submete o homem ainda ao carma
coletivo da humanidade. É o tributo que todos devem pagar no
corpo para que a humanidade, como um todo se emancipe.
Muitos dos cristãos que pereceram nos circos de Roma, em
testemunhos da fé, foram arrastados pelas circunstâncias. Nem
todos se imolaram por idealismo. Todavia o sacrifício físico do qual
involuntariamente participaram lhes trouxeram inumeráveis
compensações de ordem moral.
As leis Divinas não lesam ninguém em seus interesses e em tudo
concorrem para a felicidade do homem.
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